quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Tô ouvindo: CD Viva La Vida do Coldplay


Não há dúvidas em relação ao salto artístico que Viva La Vida representa para os quatro amigos coletivamente conhecidos como Coldplay, o título surgiu das emoções extremas que impulsionam a banda. O álbum é caracterizado por perda e incerteza, viagem e tempo, felicidade e arrependimento. "Não sei se é a síndrome da bipolaridade, mas certamente temos algo em nossa cabeça que é ao mesmo tempo pra cima e pra baixo", diz Martin. "Infelizmente é incontrolável. Escrevi essas músicas em ambos os estados, elas são pra cima e pra baixo e fora de ordem. Não havia planos para as letras, elas simplesmente acabaram surgindo. Há sempre amor, alegria e empolgação em nossa música."


Faixas:
1. Life in Technicolor
2. Cemeteries of London
3. Lost!
4. "42"
5. Lovers in Japan / Reign of Love
6. Yes
7. Viva la Vida
8. Violet Hill
9. Strawberry Swing

Eu vi. Filme:Não Estou Lá


Sinopse: Bob Dylan (Christian Bale / Cate Blanchett / Heath Ledger / Marcus Carl Franklin / Richard Gere / Ben Whishaw), ícone musical, poeta e porta-voz de uma geração. Sempre viveu em constante mutação ao longo da vida, especialmente durante os anos 60. Musicalmente, fisicamente, psicologicamente, as alterações do seu personagem público dialogaram com acontecimentos sociais e ocasionaram múltiplas repercussões culturais. De jovem menestrel a profeta folk, de poeta moderno a roqueiro, de ícone da contracultura a cristão renascido, de caubói solitário a popstar. Ficha Técnica: Direção: Todd Haynes. Gênero: Drama. Ano de Lançamento (EUA / Alemanha): 2007. Elenco:ElencoChristian Bale (Bob Dylan / John / Jack)Cate Blanchett (Bob Dylan / Jude)Marcus Carl Franklin (Bob Dylan / Woody)Richard Gere (Bob Dylan / Billy)Ben Whishaw (Bob Dylan / Arthur) Heath Ledger (Bob Dylan).
Premiações - Recebeu uma indicação ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante (Cate Blanchett).- Ganhou o Globo de Ouro de Melhor Atriz Coadjuvante (Cate Blanchett). - Recebeu uma indicação ao BAFTA de Melhor Atriz Coadjuvante (Cate Blanchett).

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Oh Machado de Assis!


Supremo literário
Negro, mulato de cor
Menino fluminense
Romancista, contista, poeta
Brás Cubas, Quincas Borba, Dom Casmurro
Seus filhos ilustres
Crônicas brilhantes, poemas curiosos, prosa elegante
Ai de ti. Iaiá Garcia
Ser um alienista? Ser um homem célebre? Ser Esaú e Jacó?
Que incerteza machadiana!
Oh vendaval maravilhoso de cultura!
Oh nostalgia da imortalidade!
Oh sensibilidade!
Oh relíquias de casa velha!
Oh gênio da literatura!
Oh Joaquim Maria!
Oh Machado de Assis!
(Codinome Pensador)

Aos que não nos enxergam

Oi, estou aqui na sua frente, mas você insiste em não me ver. Tudo bem, opção sua, cada um enxerga o que quer. O problema é quando você, sem ter idéia de como sou, resolve dar a sua visão sobre mim.
Talvez você não enxergue também, antes de mais nada e assim me tire por parecida contigo. Errando completamente. Para começar, eu faço questão de ver pessoas ao meu redor e isso faz toda a diferença do mundo. Percebo que todos tem algo de especial, estando aí de graça. Percebo que belezas que são não as minhas, estando aí o prazer.
Percebo inclusive você, parado bem na minha frente, desviando seu olhar para lá e para cá, nervoso com a minha presença, estando aí o ridículo.
Veja bem, não há o que temerem mim. Não quero nada que seja seu. E não sou nada que você também não seja, pelo menos um pouquinho.
Você não precisa gostar de mim para me enxergar, mas precisa me enxergar para não gostar de mim. Ou gostar e talvez seja exatamente isso que você tema. Embora isso não faça sentido, já que a vida é bela, justamente, quando estamos diante daquilo que gostamos, certo?
Não vou dizer que não me irrita essa sua cegueira específica com relação a mim, pois faço de tudo para ser entendida. Por todos. Sempre esforço-me ao máximo para que isso ocorra, aliás; então a sua total ignorância ao meu respeito, após todo esse tempo, nós dois tão perto, mexe, sim, levemente, com a minha paciência.
Se for essa a sua intenção, porém, mexer com a minha paciência, aviso que anda perdendo sua energia em besteira, pois um mosquito zumbindo em meu ouvido tem um efeito semelhante. E se me dou ao trabalho de escrever esta carta para você, é porque sei que você também não será capaz de enxergar o que há nela.
Explicando melhor: preferiria que você me esquecesse, mas até para poder esquecer você vai ter que me enxergar. Enquanto não me olhar de frente, ao menos uma vez, ao menos por um segundo, vai continuar assim, para sempre, fugindo sistematicamente da minha imagem, um escravo de mim, em fuga constante, portanto.
Pode abrir os olhos, vai ver que não sou um bicho-de-sete-cabeças. Sou diferente de você, como disse, mas isso é ótimo. Sou melhor que você em algumas coisas, pior que você em outras, acontece. No que eu for pior, pode virar para outro lado, no que eu for melhor, cogite me admirar.
“Olhos nos olhos, quero ver o que você faz...”. Sempre quis cantar isso para alguém. “ Olhos nos olhos, quero ver o que você diz...”. Pronto , um sonho realizado. Já estou lucrando com a nossa relação, só falta você. Basta ver o que eu posso lhe mostrar e enxergar o que eu posso ser para você.

(Fernanda Young)

Ele é o cara


Javier Bardem é o latino da vez em Hollywood. Chegou já vencedor ao Kodak Theatre, em Los Angeles, no dia 24 de fevereiro. Ele foi o primeiro espanhol a ser indicado ao Oscar de melhor ator, o que aconteceu em 2001 pelo filme "Antes do Anoitecer". Naquele ano, perdeu o prêmio pra Russel Crowe, de Gladiador. Desta vez, o ator de 39 anos, levou o homemzinho dourado e se consagrou como o primeiro de seu país a ganhar tal prêmio.

Na categoria a que estava indicado, a de coadjuvante, não tinha para mais ninguém. Sua interpretação para o assassino Anton Chigurg, no filme "Onde os fracos não tem vez" foi tão marcante que o fez até enfrentar uma depressão. “Não sou o tipo de ator que, quando o diretor grita: Corra!, vou embora para casa como se nada tivesse acontecido. Atuar é um processo emocional para mim”, diz Javier.
Em seu emocionado discurso de agradecimento, Bardem fez piada em inglês sobre o pior corte de cabelo de sua vida, o que seu personagem usa no filme. Mas , quando quis falar de coisas do coração, apelou pra o espanhol e agradeceu à mãe, a atriz Pilar Bardem, que o acompanhava na noite, aos tios e avós, todos artistas.
Com 1,83 de altura, contornado por uma boa quantidade de carne e músculos bem distribuídos no corpo de ex-atleta, o ator é o caçula de uma família de artistas. Além de sua mãe, Pilar, que faz sucesso na Tv espanhola, dois irmãos, Carlos e Mônica, também são atores. Seu pai é diretor de cinema.

Mas apesar de ter feito sua estréia aos 6 anos na minissérie espanhola El Pícaro, o jovem alimentava outro sonho quando era menino queria ser jogador profissional de rúgbi. Ele era bom, tanto que chegou a ser parte da seleção do seu país, mas desistiu ao ver seu rosto cada vez mais marcado pela violência em campo. “ Quebrei meu nariz não sei quantas vezes, por isso, tenho o rosto todo torto.” Diz o ator espanhol.
O ator ficou famoso na Espanha logo no seu primeiro filme adulto, no qual contracenou com sua mãe, no filme "As idades de Lulu", de 1990, do diretor Bigas Luna. O cineasta chamou Bardem pra outros quatro filmes nos anos seguintes.

Os planos para este ano já eram animadores antes do Oscar, agora, tudo pode acontecer. De concreto, Bardem viverá o traficante colombiano mais famoso do anos 90, Pablo Escobar, em "Killing Pablo", dirigido por Joe Carnahan. Depois vai filmar "Tetro", com Francis Ford Coppola, que se volta outra vez a uma saga envolvendo uma família italiana. E na sequência, partirá para "Nine", refilmagem musical de Oito e meio, clássico do cinema italiano de 1963, dirigido e escrito por Federico Fellini, que será comandado por Rob Marchall, do filme Chicago.

Fonte: Revista SET