sábado, 27 de fevereiro de 2010

Alô fevereiro

Não só foram as alegrias de carnaval que povoaram os dias desse mês de fevereiro 2010, teve o lado negro da coisa, como o terremoto no Chile, uma das piores catástrofes naturais já ocorridas por lá. E não foi um terremoto simples, foi um terremoto de magnitude 8.8 na escala Richter. O maior terremoto dos últimos 100 anos abalou edifícios na capital Santiago e gerou um tsunami na costa do país.
Não podemos esquecer da vexatória prisão e o afastamento do governador do Distrito Federal José Roberto Arruda. Que de acordo com o Superior Tribunal de Justiça (STJ), a permanência de Arruda no cargo poderia constranger e atrapalhar as investigações, até porque o governador foi apontado como o comandante de um suposto esquema de distribuição de propina a aliados. Em resumo mais um motivo para brasileiros conscientes como eu, sentirem uma total vergonha da política brasileira.
Não posso esquecer de falar dos jogos de inverno de Vancouver 2010. Particularmente, melhor que as Olimpíadas normais, na minha humilde opinião, as Olimpíadas de inverno foram sensacionais e me hipnotizaram com o show de imagens, habilidades, sincronia, beleza e elegância dos atletas. Pensando bem agora, não sei mais o que me fascinou nesse jogos de inverno, se é a beleza e o charme do Canadá e suas montanhas cobertas de neve ou se as competições. Só seu que adorei tudo. E já estou ansioso para próxima edição na Rússia em 2014.
Também aterrisou por aqui, a não menos hipnotizante e uma das artistas mais completas artistas da atualidade na música pop. Ela canta, dança, compõe, produz e atua, é até uma atriz talentosa. Estou falando da Beyoncé, ou melhor da Diva Beyoncé, que fez shows em Florianópolis, São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador. Nas apresentações de São Paulo e Salvador, Beyoncé dividiu a noite com a nossa também não menos diva maravilhosa Ivete Sangalo. O show das duas divas na capital baiana marcou a abertura do carnaval 2010 na cidade.
Já que estou falando do furação Ivete Sangalo, nesse carnaval a musa baiana se viu envolvida em uma polêmica, por popularizar a música “Lobo mau” que já tinha sido vetada por outros artistas e por ter em sua letra insinuações que incitaria a pedofilia. Polêmicas à parte, Ivete reinou belíssima vestida de vários bichinhos no desfile do seu bloco no tradicional circuito Osmar ao som do seu novo hit carnavalesco intitulado “ Na Base do Beijo”.
O que esperar do mês de fevereiro após o carnaval. Como diz a letra da música: “...De um lado esse carnaval de outro a fome total..." Enfim...A vida continua, segue seu curso natural, é assim mesmo e tudo volta para o seu devido lugar. É comum ouvirmos desde de sempre, que o ano só começa depois do carnaval e de tanto ser repetir essa máxima acaba se tornando verdade em nossas cabeças. Já prestes a acabar esse fevereiro, é hora de colocar em prática as promessas que fizemos na virada do ano, não esperar mais, não deixar que as oportunidades de sucesso se transformem em confetes de carnaval, a hora é agora, vamos a luta, sigamos em frente que atrás vem gente, muita gente mesmo, vem aí os nossos concorrentes na vida e que estejamos a altura deles. Sucesso e paz pra todo mundo!

(Codinome Pensador)

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Perfeita imperfeição

Devemos ter olhos diferentes para olhar a perfeição
Ter um outro estado de espírito mais elevado, ter uma outra aperfeiçoada percepção
Em universos paralelos nem tudo é perfeito como se deve ser

O florescer das flores, o anoitecer do dia , as musas da imaginação
Observo tudo que é subsistente no mundo, vejo que em tudo há uma perfeição
É desumano pensar em perfeição com tanta imperfeição humana

Só com o maior dos sentimentos chegaremos a alcançar a perfeição
Só com perfeição para fazer todas as coisas terem o seu sentido certo
Mas não espere sentado, se torne merecedor da perfeita solução

Busque o melhor do seu ser, busque o melhor do seu coração
Esteja preparado para discutíveis imperfeições que possam ocorrer
Só não se distraia com seu ego e ache a forma certa para não se perder

Tudo que é perfeito tem o toque supremo e preciso do dedo divino
Esse mundo nos mostra que não somos perfeitos mas queremos a perfeição
Uma utopia possível que praticamos todos os dias da forma mais sonhada

A função da perfeição é mesmo nos mostrar nossa própria imperfeição
Esse conceito que cria dentro de nós a essência de nossos desejos
Ser perfeito é cultivar nossas virtudes e procurar amenizar os defeitos

Talvez nossa vida só tenho sentido com esse buscar eterno pela perfeição
Talvez nunca chegaremos a lugar nenhum e no final se descubra a frustação
Porque o perfeito é somente perfeito e na verdade não precisa de mais nada.

(Codinome Pensador)

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Um casal mais que perfeito


A patinação no gelo é o esporte mais bonito que existe e carrega em si um visual explicitamente romântico, ainda mais quando se tem patinando, um casal como os chineses Shen Xue e Zhao Hongbo. O casal (marido e mulher) ganharam na competição por casais de patinação artística dos Jogos Olímpicos de Inverno de Vancouver 2010 a medalha de ouro em Vancouver 2010 e se tornaram as maiores feras da parada na dessa modalidade esportiva na atualidade.
Não sei se quando eles chegam em casa eles brigam como todos os casais do mundo, feito meramente simples mortais, só sei que quando estão juntos com os patins nos pés, eles nos revelam que são semideuses, acima do bem e do mal e temos a visão do paraíso quando com toda sincronia e beleza que eles tem competindo. Não é preciso entender do assunto para perceber que eles são absolutamente fantásticos, perfeitos e feitos um para o outro. Eles terem ganho a medalha de ouro na competição por casais de patinação artística dos Jogos Olímpicos de Inverno Vancouver 2010 é totalmente merecido.
Shen, de 31 anos, e Zhao, de 36 anos, tinham se aposentado em 2007 após conseguirem seu terceiro título mundial, mas decidiram retornar para tentar ganhar o ouro olímpico, que com todo merecimento conquistaram. Os russos Yuko Kavaguti e Alexander Smirnov, atuais campeões europeus, ficaram com o quarto lugar, não conseguindo manter o domínio soviético e russo, que venceram a prova em todas as edições desde Innsbruck 1964 até Turim 2006.
Ao lado do marido Hongbo Zhao, a chinesa Xue Shen comemorou a conquista e no alto do pódio fez questão de ressaltar a dificuldade na competição. De acordo com a campeão olímpica, a concentração da dupla antes da prova foi um dos fatores importantes para subir ao lugar mais alto do pódio. "Eu teria que dizer que a principal diferença está nos detalhes", disse Shen. "No dia anterior nos concentramos em bater os níveis de dificuldade nos nossos elementos. Agora, vamos nos concentrar em aperfeiçoar os detalhes e em trazer todos os elementos juntos", completou a chinesa.
Hongbo e Xue são casados há dois anos e pouco, mas tem uma sincronia que vem de há mais tempo. Começaram a patinar juntos, ainda amigos, em 1992. Foram para Nagano em 1998 (já namorando) e surpreenderam o mundo com um quinto lugar. Bons ajustes que resultaram na prata do Mundial em 99. Neste tipo de evento, os pódios se repetiram mais cinco vezes, com um tricampeonato em 2002, 2003 e 2007. Nos dois Jogos de Inverno passados levaram bronze, mas cada um levou sua medalha para a própria casa. Namoro sério, no sofá da sala. Até que, após o tri mundial de 2007, Hongbo pediu Xue em casamento. Agora, casados e eternos namorados. Fora e dentro do rinque de patinação. Você poderia perguntar quais foram os presentes que eles trocaram nesse último “Valentine's Day”? (que é o dia dos namorados pelo o mundo, que é diferentemente daqui do Brasil, é comemorado lá em 14 de fevereiro). Pois eu digo: Foi o mesmo presente. Ambos quebraram o recorde mundial do programa curto com 76,66 pontos. Quer melhor presente para esse casal afinado, amoroso e o mais que perfeito da patinação artística no gelo? Claro que não.

(Codinome Pensador)

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Hino do Carnaval Brasileiro

Salve a morena

A cor morena do Brasil fagueiro

Salve o pandeiro

Que desce do morro prá fazer a marcação

São, são, são

São quinhentas mil morenas

Loiras, cor de laranja, cem mil

Salve, salve

Teu carnaval, Brasil

Salve a loirinha

Dos olhos verdes cor das nossas matas

Salve a mulata

Cor de canela, nossa grande produção

São, são, são

São quinhentas mil morenas

Loiras, cor de laranja, cem mil

Salve, salve

Teu carnaval, Brasil.


(Lamartine Babo)

sábado, 6 de fevereiro de 2010

O poder feminino atrás das câmeras


Em mais de oito décadas de Oscar, apenas três mulheres foram indicadas ao prêmio de melhor direção: Lina Wertmüller por Pasqualino Sete Belezas (1975), Jane Campion por O Piano (1993), e Sofia Coppola por Encontros e Desencontros(2003). Nenhuma delas venceu, embora Jane e Sofia tenham levado a estatueta de melhor roteiro original por seus respectivos filmes. Em 2010, essa história de exclusão pode ter um novo e histórico capítulo.
A californiana Kathryn Bigelow, aos 58 anos, tem chances concretas de ser a primeira cineasta a vencer o prêmio. Levou muitos dos principais prêmios da crítica, unânime ao festejar o vigor e a originalidade com que conduziu o seu excepcional drama bélico Guerra ao Terror, que retrata o dia a dia de um esquadrão encarregado de desarmar bombas na ocupação norte-americana do Iraque.
Longe de ser uma patriotada, o longa tem a audácia de ao mesmo tempo que pode ser visto como um eletrizante filme de guerra, também dissecar a dor física e psicológica a que todos, soldados e a população do país, são submetidos, que nos final das contas ninguém sai ganhando.
Muitos críticos vem elogiando o trabalho de Kathryn, sobretudo por ter se aventurado em um gênero cinematográfico masculino por excelência. Já comparado a clássicos como Apocalipse Now (1979) de Francis Ford Coppola e Nascido para Matar (1987) de Stanley Kubrick, te¬¬ria como trunfo, além de contar uma grande história de forma original, mergulhar fundo na subjetividade dos personagens, que por sinal são todos homens.
Quem acompanha a filmografia da diretora, que inclui filmes como Caçadores de Aventuras (1991) e Estranhos Prazeres (1995), sabe que essa preferência por gêneros teoricamente pouco femininos não se trata de uma novidade.
Mas Kathryn não é a única mulher a fazer sucesso por trás das câmeras nesta temporada de prêmios. A dinamarquesa Lone Scherfig, mulher de vanguarda, que foi pioneira ao dirigir com os conceitos radicais do movimento Dogma 95 e fez a simpática comédia Italiano para Principiantes, de 2000, que lhe valeu um Urso de Prata em Berlim. Tem seu mais recente trabalho intitulado Educação, que foi um sucesso de crítica, é ambientado nos anos 60, antes dos Beatles e dos Rolling Stones e está entre os dez cadidatos ao Oscar de melhor filme.
Educação, ao contrário de Guerra ao Terror, tem como personagem central uma mulher e mostra a transição da jovem Jenny, vivida pela atriz Carey Mulligan, forte candidata ao Oscar de melhor atriz, que vai da adolescência à idade adulta, na Grã-Bretanha do início dos anos 60, na passagem do período ultra-rígido que se seguiu à Segunda Guerra Mundial para os tempos liberais que viriam a seguir, com a contracultura e a revolução sexual.
Tem o lírico Brilho de uma Paixão, que merece ser visto, da talentosa diretora Jane Campion, que injustamente só foi indicado a uma só categoria do Oscar, de melhor figurino feito por Janet Patterson, se passa no século XIX e conta a história do romance do poeta John Keats e Fanny Brawne, tem as maiores chances, principalmente, porque a academia adora um figurino de época, e deve levar uma estatueta para casa.
A diretora Nora Ephron, que é conhecida por cenas inesquecíveis como aquela do filme Harry e Sally de 1989, na qual a moça simula um orgasmo, sem economizar gemidos e gritos, em pleno restaurante, para provar que as mulheres sabem fingir muito bem. Dessa vez Norah Ephron também escolheu como tema comida e sexo, o amor e suas delícias e amargores. Julie e Julia filme é baseado em histórias reais contadas nos livros Julie e Julia de Julie Powell e Minha vida na França de Julia Child. Nora assina o argumento e a realização dessa comédia cheia de charme que sabe ocupar o seu lugar como película despretensiosa e aproveitar, de forma excepcional, o extraordinário talento de Meryl Streep, bem acompanhada por Amy Adams e Stanley Tucci. E que deu à 16 indicação à Meryl Streep, em 30 anos de carreira, ao prêmio de melhor atriz, com essa sua aclamada atuação.
Este é um filme sobre duas mulheres e as suas histórias e pouco mais. Tal não é necessariamente negativo, bem pelo contrário. Numa altura em que os filmes femininos de Hollywood pautam pela rotineira exploração dos conflitos entre sexos, Julie e Julia surge como um saudável desvio do marasmo. É uma estória e uma história que aqui se contam, salpicada por momentos de grande comicidade que, apesar de tudo, não deixam de dever muito às excelentes interpretações, reveladoras de um excelente trabalho de casting. De fato e de um ponto de vista técnico e prático, Julie e Julia, transpira qualidade, sobretudo na caracterização de Paris dos anos 50, a arquitetura, o guarda-roupa, a intriga política e já agora, do magnífico aspecto da comida que vai aparecendo. Desaconselha-se a ida ao cinema de barriga vazia, portanto, dado o potencial salivante de alguns planos.
Sem esquecer e para finalizar com o nosso cinema latino-americano que também está sendo feito por mulheres em uma ótima fase. No Brasil há um número substancial de diretoras em atividade, como Laís Bodanszky de O bico de sete cabeças e Tata Amaral de Um céu de estrelas. Da Argentina, Lucrecia Martel, de O pântano e A mulher sem cabeça, já é um nome consolidado e uma referência internacional. Mas veio do Peru o melhor longa-metragem produzido no continente em 2009: o brilhante e poético A teta assustada, de Claudia Llosa, vencedor do Urso de Ouro no Festival de Berlim que está entre os cinco candidatos ao Oscar de melhor filme estrangeiro deste ano.

Fonte: Webcine

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Eu vi. O filme: Abraços Partidos


Sinopse: Há 14 anos, o cineasta Mateo Blanco (Lluís Homar) sofreu um trágico acidente de carro, no qual perdeu simultaneamente a visão e sua grande paixão, Lena (Penélope Cruz). Sofrendo aparentemente de perda de memória, abandonou sua posição de cineasta e preservou apenas seu lado de escritor, cujo pseudônimo é Harry Caine. Um dia Diego (Tamar Novas), filho de sua antiga e fiel diretora de produção, sofre um acidente, e Harry vai em seu socorro. Quando o jovem indaga Harry sobre seus dias de cineasta, o amargurado homem revela se lembrar de detalhes marcantes de sua vida e do acidente. Ficha técnica: Título original: Los Abrazos Rotos/ Lançamento: 2009 (Espanha)/ Gênero: Drama/ Direção: Pedro Almodóvar/ Elenco: Penélope Cruz (Lena),Lluís Homar (Mateo Blanco / Harry Caine), Blanca Portillo (Judit García), José Luis Gómez (Ernesto Martel), Tamar Novas (Diego), Rubén Ochandiano (Ray X).