segunda-feira, 30 de março de 2009

Seres noturnos

Ele ao som de Armstrong
Cabaret, puro jazz
Ela ao som de Fitzgerald
Lady is a tramp, swing blues
Eu à ouvi-los
Nós, sons, eles, elas e uma lua dupla
Na voracidade da noite
No escuro do mundo
Sem cores e sem cortes
Na hora dos notívagos, seres noturnos
Escondidos da luz e do pecado
No alto da torre negra, na zona morta
Acima do bem e do mal.

(Codinome Pensador)

segunda-feira, 23 de março de 2009

Every time we say goodbye

Every time we say goodbye
I die a little
Every time we say goodbye
I wonder why a little
Why the Gods above me
Who must be in the know
Think so little of me
They allow you to go.

When you're near
there's such an air
of Spring about it
I can hear a lark somewhere
begin to sing about it
Theres no love song finer
But how strange the change
From major to minor
Every time we say goodbye.

Autor: Cole Porter

O tempo, o lugar e a hora certa

De uma coisa podemos ter certeza: de nada adianta querer apressar as coisas.
Tudo vem ao seu tempo, dentro do prazo que lhe foi previsto, mas a natureza humana não é muito paciente. Temos pressa em tudo! Isso é foda! Quem tem pressa come cru! Dizer isso pra minha falta de paciência que é a questão.
Aí acontecem os atropelos do destino, aquela situação que você mesmo provoca, por pura ansiedade de não aguardar o tempo certo.
Alguém poderia dizer: Qual é o tempo certo?
Bom, como dizem, basta observar os sinais. Que porra de sinais são esses?
O sinais, eu acho na minha lírica opinião, que é quando alguma coisa está para acontecer ou chegar até em nossa vida, surgem então pequenas manifestações do cotidiano, enviarão sinais indicando o caminho certo.
Pode ser a palavra de um amigo, um texto lido, uma observação qualquer, tenho a certeza que o sincronismo do universo se encarregará de colocar você no tempo certo, no lugar certo, na hora certa, diante da situação ou da pessoa certa.
Basta você acreditar que nada acontece por acaso. E talvez seja por isso que você esteja agora lendo essas minhas linhas. Tente observar melhor o que está a sua volta, tudo e todos.
Com certeza alguns desses sinais já estão por perto e você nem os notou ainda. Lembre-se que o universo, sempre conspira a seu favor, quando você possui um objetivo claro.

Nunca pense que Deus o colocou no lugar errado. Você está no lugar certo e vivendo a hora certa. Ele é sábio, não erra, não se enganou com relação a você. Afinal cada um colhe de acordo com o que planta nessa nossa vida louca e insana, creia nisso e aceite o mundo. Não reclame. Não peça aos céus para mudá-lo de lugar, sem forte razão.
Sentir-se bem colocado no mundo, quer dizer que você está numa boa fase para progredir e transcender.
Platão disse, do auto de sua sabedoria em uma de suas frases:
"Nós chegamos tarde demais para os Deuses e cedo demais para alcançarmos o Ser.” Isso é a mais pura verdade. Concordam?

sábado, 21 de março de 2009

Música+cérebro= Radiohead, Kraftwerk e Los Hermanos.




A banda inglesa Radiohead, principal atração do festival Just a Fest, realizado no Rio de Janeiro nesta sexta-feira, brilhou na primeira visita ao Brasil e envolveu com sua particular atmosfera, em um misto de tensão e emoção, milhares de pessoas que esperaram mais de 15 anos por esse show. O grupo liderado por Thom Yorke coroou a noite de música eclética que contou também com a banda eletrônica alemã Kraftwerk e com Los Hermanos, que voltou a se reunir após dois anos . Apesar de não ser uma banda das massas, mas sim de culto, o Radiohead conseguiu reunir 25 mil pessoas na Apoteose, palco para o desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro.
Com a música 15 Steps a banda de Oxford abriu um show em que repassou a maioria das canções de seu último álbum In Rainbows, que entrou para história por, em uma decisão inédita do grupo, ter sido vendido pelo preço que os fãs acreditavam ser justo pagar.
All I need, Bodysnatchers e Nude foram responsáveis por um dos momentos mais intensos do espetáculo. Emoção que chegou a seu ponto máximo quando a banda lembrou um pouco do passado ao tocar músicas badaladas dos anos 90. Karma Police, Pyramid song, Idioteque e Paranoid Android, já no final, também envolveram o público, sobre o qual a voz de Yorke conseguiu se elevar em muitos momentos, até conseguir se unir à da plateia em No Surprises, outra das músicas emblemáticas da banda.
Em sua primeira aparição no Brasil, no entanto, o Radiohead teve que dividir o papel de destaque com Los Hermanos, que em abril de 2007, resolveu dar um tempo e voltou a se reunir unicamente para a abertura do show do Radiohead.
Embora com o local ainda por encher, o Los Hermanos estava em casa e não decepcionou seus fiéis seguidores, que já pareciam cansados de esperar para ouvir, quem sabe pela última vez, O Vencedor, Sentimental e outro sucessos.
O tom extravagante da noite foi dado pelos alemães do Kraftwerk, autênticos dinossauros da música eletrônica que estão prestes a completar 40 anos em atividade e que, hoje, só contam com um membro de sua formação original.
Protegidos atrás de seus computadores e apoiados por projeções digitais em suas costas, os alemães transformaram, durante pouco mais de uma hora, a Apoteose em uma pista de dança improvisada, na qual não faltaram as indispensáveis Tour de France, Manmachine e The Robots.


História e discografia:
O Radiohead lançou seu primeiro álbum Pablo Honey, em fevereiro de 1993. Seu estilo musical foi comparado ao grunge, estilo bastante popular nos anos 90.
Seu segundo álbum The Bends, no fim de 1994, tendo o lançado em maio de 1995. Enquanto a cena de bandas de Britpop dominava a atenção da mídia, o Radiohead finalmente havia feito sucesso em sua terra natal.
OK Computer o terceiro álbum de estúdio da banda, foi lançado em junho de 1997. Consideravelmente composto por canções de rock bastante melódicas, nesse álbum também mostrou o Radiohead experimentando novas estruturas em suas canções, incorporando música ambiente, elementos de noise e influências eletrônicas. Em OK Computer foi a primeira gravação da banda que atingiu a primeira posição na parada britânica, o que fez com que o sucesso comercial do Radiohead aumentasse ao redor do mundo. Ainda que tenha atingido a modesta 21ª posição nas paradas norte-americanas, OK Computer foi bastante aclamado neste país, tendo recebido o Grammy de Melhor Álbum Alternativo, e uma indicação para Álbum do Ano.
No começo de 2000, tal como havia ocorrido com OK Computer, o quarto álbum Kid A recebeu o Grammy de Melhor Álbum Alternativo e uma indicação para Álbum do Ano. Ainda que o sucesso comercial deste álbum tenha sido inegável, Kid A foi tão aclamado quanto criticado. Muitos críticos definiram Kid A como "um suicídio comercial", e pediram por um retorno do antigo estilo da banda.
Amnesiac, o quinto álbum de estúdio do Radiohead, foi lançado em junho de 2001, contendo faixas adicionais das sessões de gravações de Kid A. O estilo musical da banda neste álbum permaneceu o mesmo de Kid A, com a fusão de rock e música eletrônica, mas este álbum incorporou mais elementos de jazz. Amnesiac foi um sucesso comercial e de crítica ao redor do mundo, atingindo a segunda posição.
O sexto álbum Hail to the Thief, foi lançado em Junho de 2003. Misturando as influências de toda a carreira do grupo, Hail to the Thief combinou as guitarras distorcidas com sons eletrônicos e as letras de Thom Yorke, já livre de seu bloqueio criativo.
O sétimo álbum de estúdio da banda In Rainbows, foi lançado em outubro de 2007 sob a forma de download digital, onde os compradores escolhiam o quanto queriam pagar pelas músicas. O sucesso de In Rainbows nos Estados Unidos da América marcou o maior sucesso da banda nas paradas desde Kid A, ainda que tenha sido o quinto álbum da banda a atingir a primeira posição no Reino Unido.

O Kraftwerk foi fundado em 1970, com experiência e influência do produtor Konrad "Conny" Plank foram também significativa. como resultado do seu trabalho com os Kraftwerk, tornou-se num dos mais requisitados no final dos anos 70. Plank produziu os primeiros quatro álbuns da banda, mas parou de trabalhar com os Kraftwerk depois do sucesso comercial de Autobahn, aparentemente devido a disputas com contratos da banda. Emil Schult tornou-se num colaborador regular do grupo no início de 1973, originalmente tocando baixo e violino, produzindo material visual da banda e letras e os acompanhando em digressões.
Após vários álbuns experimentais, o sucesso da banda veio em 1974 com o álbum Autobahn, e a sua faixa de 22 minutos motorik. A canção foi um hit mundial, demonstrando a grande relação da banda com sintetizadores e outros instrumentos electrónicos. Este álbum foi seguido por uma trilogia de álbuns que influenciou bastante a música popular posterior: Radio-Activity (1975), Trans-Europe Express (1977) e The Man Machine (1978). Em 1975 formou-se o que ficou conhecido como a formação clássica do Kraftwerk, para a digressão de Autobahn. Juntaram-se a Hütter e Schneider Wolfgang Flür and Karl Bartos como percussionistas electrónicos. Em meados de 1999, as gravações originais de Tour de France foram finalmente lançadas em CD, indicando um reinício das actividades da banda. Em 2000, o ex-membro Flür publicou uma autobiografia na Alemanha, Kraftwerk: I Was a Robot, revelando vários novos detalhes sobre a vida da banda. Hütter e Schneider mostraram, no entanto, hostilidade à obra.
Em Agosto de 2003, a banda lançou Tour de France Soundtracks, o primeiro álbum desde Electric Café, de 1986. Em junho de 2005, a banda lançou um álbum ao vivo, Minimum-Maximum, que foi compilado de apresentações da banda durante a digressão européia no início de 2004, recebendo várias críticas positivas. A maioria das faixas consistia em remodelagens de antigas faixas de estúdio. O álbum foi galardoado com o Grammy para melhor álbum de música electrónica. Juntamente com o CD, foi lançado um DVD que contém vários vídeos de apresentações em várias localidades no mundo.

Los Hermanos é uma banda brasileira de rock alternativo formada no Rio de Janeiro em 1997, que mistura rock com elementos da música brasileira como o samba e a MPB, além de ter flertado com o Ska, o Reggae e o Hardcore. Os até então estudantes de jornalismo da PUC-RJ, Marcelo Camelo e Rodrigo Barba, iniciaram a formação de uma banda. Com a entrada dos músicos Rodrigo Amarante e Patrick Laplan e com a saída de três músicos de sua formação (o trompetista Márcio e os saxofonistas Carlos e Victor).
Em 1999, a banda assinou com a gravadora Abril Music e lançou seu primeiro CD, homônimo Los Hermanos, que repercutiu entre o público jovem, identificados com as letras estilo Jovem Guarda. O sucesso do álbum foi puxado pela música Anna Julia, escolhida pela gravadora como primeiro single do trabalho.Dois anos depois, em 2001, o grupo lança o álbum Bloco do Eu Sozinho. Depois de algum tempo do lançamento, a crítica especializada começaria a elogiar o álbum, que ganhou notoriedade no meio após ter chegado ao conhecimento de todos a divergência que havia entre a banda e a gravadora. O ano de 2003 chegava e já na BMG (atual Sony&BMG), os Hermanos lançaram o álbum Ventura. Antes chamado de Bonança, o disco teve uma curiosidade em seu preparo: o primeiro disco nacional a vazar em sua fase de pré-produção. Em 2005 chega o quarto CD da banda: 4. O álbum mostrava um conteúdo mais introspectivo e uma aproximação mais impactante com a MPB. O disco, no entanto, seria considerado "irregular" pela grande crítica. Pela predominância de um clima saudoso nas letras de Camelo e Amarante, 4 dividiu novamente o público: a banda estava em mais um novo rumo. Em abril de 2007, a banda anunciou um recesso por tempo indeterminado nos trabalhos, alegando o acúmulo de muitos projetos pessoais ao longo de seus dez anos de carreira.
Fonte: Site G1

quarta-feira, 18 de março de 2009

Eu vi. Filme: Quatro minutos


Sinopse: Alemanha, pós guerra, um presídio de mulheres. Uma senhora que dá aulas de piano no presídio a quem quiser se interessar. Numa missa esta senhora observa uma moça tocando num banco da igreja como se fosse um piano, impressionada procurou a direção da peninteciária e só continuaria dar aulas se esta moça também fizesse parte das aulas. A presa acusada de assassinato é uma rebelde, revoltada com tudo e todos pelo histórico de sua vida, ficando difícil trabalhar as aulas com ela. Aos poucos a professora descobre um prodígio musical na detenta e aí se estabelece uma amizade forte entre elas, e os percalços não impedem que o talento seja conhecido em apenas "quatro minutos". As atrizes desconhecidas do grande público, foram muito elogiadas pela crítica mundial e estão excelentes no filme. Destaque para a interpretação baseada em expressões muito fortes da professora e nas atitudes da jovem atriz que faz uma perfeita fusão de uma desiludida detenta se contrapondo à uma talentosa pianista.
Ficha técnica: Direção: Chris Kraus/ Ano de lançamento: 2007/ Título original: Vier Minuten/ Gênero: Drama/ Origem: Alemanha/ Elenco: Monica Bleibtreu, Hannah Herzsprung, Sven Pippig, Richy Müller
.

segunda-feira, 16 de março de 2009

A bela do cinema


Estrela do sétimo céu e da sétima arte

Ela decora o seu papel, personas e outras personagens

Ela é musa, mas fundo ela é atriz, engana

Ela é perfeição em forma de mulher, encanta

Que mistérios seu rosto esconde?

Uma beleza sem fim, um enigma para o meu desejo, um vício que escraviza

Musa de Lumière! Belle femmina et renne!

Seu olhar angelical, seu sorriso de Afrodite, seu jeito de Marilyn

Faz o teu papel e eu faço o meu

Faz cena no meu filme da vida real

Quando você sorri, eu sou muito mais feliz

Eu sou feliz, quando você é a atriz principal

Eu coadjuvante, você protagonista do meu mundo sensorial

Cristina em Barcelona, Kay Lake em versão blonde platine, Charlotte em Tóquio

A bela do cinema, a moça com o brinco de pérola, a última das Scarletts.
(Codinome Pensador)

quinta-feira, 12 de março de 2009

Humor paraense com novo fôlego


Com menos de um ano de estrada, o grupo paraense de stand-up comedy "Em Pé Na Rede" está bombando como se diz a linguaguem moderna em primeira mini-temporada em teatro. David Mansour, Murilo Couto, Osmar Julio, Rominho Braga e Victor Camejo são os integrantes de novo humor paraense. “A expectativa é muito grande. A maior plateia para a qual já nos apresentamos tinha em média umas 110 pessoas. Agora o teatro tem 400 lugares. Vai ser bem diferente”, comenta Osmar se referindo à nova temporada do espetáculo que eles irão apresenta no Teatro Maria Silvia Nunes, da Estação das Docas.
“Vamos apresentar o que fizemos de melhor durante esse período, assim não corremos o risco de errar. A nossa platéia se renova pouco e o teatro vai nos ajudar a chamar caras novas para os shows”, diz o humorista.
Os textos, todos criados pelo grupo, falam de forma bem humorada e inteligente sobre coisas do cotidiano, figuras populares, política, sociedade e muito mais.
O grupo “Em Pé Na Rede” foi formado em junho do ano passado por cinco estudantes, sendo que o mais novo tem 18 anos e o mais velho tem 23. “Sempre fomos os mais engraçados dos nossos grupos e, quando nos conhecemos, logo decidimos montar o "Em Pé Na Rede”, diz o humorista. Seis meses depois, os humoristas foram contemplados com o Prêmio Top de Incentivo Cultura, promovido pelo Caderno Top, do jornal Diário do Pará e a Coluna Baladas & Badalados.
Outro apoio importante foi a vitória do integrante Murilo Couto num concurso pela internet, promovido por Rafinha Bastos, apresentador do Programa CQC, da TV Bandeirantes. Murilo enviou um vídeo com a sua performance e foi o escolhido entre internautas de todo o país. Os humoristas explicam que o nome “Em Pé na Rede” faz alusão ao gênero “standup comedy”, conhecido como “comédia em pé”.
O “stand-up comedy” é um o gênero de comédia de origem norte-americana, que valoriza o humorista de cara limpa, sem maquiagem ou personagens, utilizando sim, um texto seu, sua versatilidade e capacidade de improviso no palco. E acrescenta: “Não fazemos piadas. São apenas as nossas opiniões, colocadas de maneira inteligente e bem humorada”.
endereço do blog do grupo "Em pé na rede", para mais maiores informações e se quiser conhecer mais sobre esse novo humor paraense: (http://empenarede.wordpress.com/).

Fonte: Jornal Diário do Pará.

terça-feira, 10 de março de 2009

Sinceridade versus sincericídio

Ser uma pessoa sincera na maioria das vezes é tido como uma virtude. Ser sincero requer muito cuidado e respeito. O que contarei, o segredo que vou revelar ou a opinião que emitirei terá alguma utilidade?
Não podemos sair por aí falando tudo que nos dá na telha pelo simples fato de que somos sinceros. Podemos pensar em ser sinceros com as pessoas com as quais temos maior intimidade, mas mesmo assim nem sempre a sinceridade é bem vinda. Podemos ser sinceros com as pessoas que sabemos, ou pelo menos acreditamos, que não sofrerão com aquilo que vamos falar, isto é, não haverá um suicídio ou um sincericídio.
Não tenho lembrança de onde tirei este termo, li em algum lugar e me apaixonei por ele. Sincericídio significa isto mesmo. Sinceridade somada ao suicídio.
Muita gente, por querer ajudar, já abriu a boca e logo percebeu que devia ter ficado calada. Quem nunca fez um comentário aparentemente sem maldade, mas que pegou muito mal? Quem nunca respondeu a uma pergunta sobre qualquer coisa de forma sincera e ficou com a antipatia da pessoa que pediu aquela opinião?
Sinceridade pode se transformar em sincericídio facilmente. Sinceridade e intrusão também têm uma linha divisória bem tênue. Outros tantos, com a desculpa da sinceridade, acabam sendo intrusivos, agressivos e maldosos. Sinceridade boa é aquela que faz crescer, que acrescenta, que amplia e que assim é bem vinda.
A sinceridade que apenas maltrata, desorganiza e desestabiliza sem nenhum objetivo concreto, com certeza não é bem vinda. Troque a palavra sinceridade por bom senso. Ele deve ser o norteador de nossas opiniões.
Me lembrei agora de uma puta frase que é perfeita para fechar esse meu ensaio sobre a sinceridade versus o sincericídio, é do estadista Winston Churchill, que resistiu a Hitler enquanto toda a Europa estava dominada pelo nazismo e diz assim: " Em tempo de guerra, a verdade é tão preciosa que ela precisa ser guarnecida por uma escolta de mentiras." Essa frase é federal, é pra refletir mesmo. Reflitam!

segunda-feira, 9 de março de 2009

Tô lendo. Livro: Um livro de horas (Emily Dickinson)

Coletânea de poemas de Emily Dickinson, de seleção, tradução e ilustração de Angela Lago é um exemplo de obra disposta a trabalhar diferentes linguagens num exercício de criatividade e engenho. São 24 poemas escolhidos entre os 1.775 escritos que compõem a obra completa da autora, publicada postumamente por Thomas H. Johnson. Editora: Scipione/ 64 págs.
O livro constituíe um gênero medieval, contendo orações e salmos para as diversas horas do dia. Resgatando na minha opinião a relação da poesia com a religiosidade, elaborando assim uma composição na qual a associação plástica de imagens de flores, paisagens e outros contornos integram o texto poético. De certa forma, isso não deixa de ser um homenagem à poeta ou poetisa, como queiram, que em sua produção cotidiana também utilizava desenhos, bordados e outros motivos plásticos para ilustrar poemas dedicados a amigos. A palavra, com seus ritmos, sons, sentidos e simbologias, conta também com as sugestões imagéticas bordadas e anexadas ao texto, costurando ou constituindo um tecido bem amplo.

" Se o homem é transcendência, ir mais além de si mesmo, o poema é o signo mais puro desse contínuo transcender-se, desse permanente imaginar-se. O homem é imagem porque se transcende. As imagens do mundo, das coisas mais simples, do sujeito perdido em suas buscas são criadas por esse permanente imaginar, imaginar-se configurado a cada poema."

(Emily Dickinson)

Garfield