Ser uma pessoa sincera na maioria das vezes é tido como uma virtude. Ser sincero requer muito cuidado e respeito. O que contarei, o segredo que vou revelar ou a opinião que emitirei terá alguma utilidade?
Não podemos sair por aí falando tudo que nos dá na telha pelo simples fato de que somos sinceros. Podemos pensar em ser sinceros com as pessoas com as quais temos maior intimidade, mas mesmo assim nem sempre a sinceridade é bem vinda. Podemos ser sinceros com as pessoas que sabemos, ou pelo menos acreditamos, que não sofrerão com aquilo que vamos falar, isto é, não haverá um suicídio ou um sincericídio.
Não tenho lembrança de onde tirei este termo, li em algum lugar e me apaixonei por ele. Sincericídio significa isto mesmo. Sinceridade somada ao suicídio.
Muita gente, por querer ajudar, já abriu a boca e logo percebeu que devia ter ficado calada. Quem nunca fez um comentário aparentemente sem maldade, mas que pegou muito mal? Quem nunca respondeu a uma pergunta sobre qualquer coisa de forma sincera e ficou com a antipatia da pessoa que pediu aquela opinião?
Sinceridade pode se transformar em sincericídio facilmente. Sinceridade e intrusão também têm uma linha divisória bem tênue. Outros tantos, com a desculpa da sinceridade, acabam sendo intrusivos, agressivos e maldosos. Sinceridade boa é aquela que faz crescer, que acrescenta, que amplia e que assim é bem vinda.
A sinceridade que apenas maltrata, desorganiza e desestabiliza sem nenhum objetivo concreto, com certeza não é bem vinda. Troque a palavra sinceridade por bom senso. Ele deve ser o norteador de nossas opiniões.
Me lembrei agora de uma puta frase que é perfeita para fechar esse meu ensaio sobre a sinceridade versus o sincericídio, é do estadista Winston Churchill, que resistiu a Hitler enquanto toda a Europa estava dominada pelo nazismo e diz assim: " Em tempo de guerra, a verdade é tão preciosa que ela precisa ser guarnecida por uma escolta de mentiras." Essa frase é federal, é pra refletir mesmo. Reflitam!
terça-feira, 10 de março de 2009
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Olha só...eu comento tão pouco sobre as coisas, pessoas e situações, e quando eu me arrisco eu sou tão sincero que comumente eu sou interpretado como grosseiro.
ResponderExcluirMas isso varia:algumas pessoas me dão crédito exatamente por eu falar pouco (logo, quando eu falar vai ser muito importante/sincero), outras, pelo mesmo motivo, não me dão crédito ("ele fala tão pouco, pra que levar em conta?")...
Eu nunca quis cometer sincericídio...já quis cometer um homicídio mesmo kkkkk