sábado, 11 de abril de 2009

Disfarce

Nem adianta controlar, nem omitir
O que o tempo traz à tona e o que o sorriso condena
A voz bem trêmula, simula e expressa em rosto, a entrega
Com sutis toques e de emoção a mão se excita
Excita o corpo, a alma e a calma finge uma agonia
Pra que deter, ser tão mordaz, enfatizar,
Se tudo finda em camuflar
De onde vem a intuição, pra onde foi a discrição
Feito doença, uma insânia se inseriu e surge, então, a compulsão, insepulta laxação
Um coração, há pulsação e a tentação da alegria, em euforia, sofrer de dor
Mudar de cor é palidez, que sensatez se não ousar
Ousar bem mais que a tristeza, deixar no ar a esperteza
São tantos gestos, infindos, de mil facetas, expressões
Num movimento, um só pensar e haja como duvidar.

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