quinta-feira, 3 de junho de 2010
A musa premiada
A atriz francesa Juliette Binoche, musa do 63º Festival de Cinema de Cannes, conquistou neste último dia 23, o prêmio de melhor interpretação feminina pelo desempenho no filme "Copia Conforme", do iraniano Abbas Kiarostami.
Juliette Binoche nasceu em Paris em março de 1964, filha de uma atriz e de um escultor que se divorciaram quando ela tinha 4 anos.
No filme que lhe valeu o prêmio maior para uma atriz em Cannes deste ano, ela encarna uma mulher que retoma a relação com o marido na Toscana, num filme que fala sobre a impossibilidade de amar, com personagens que se movem entre verdades e mentiras.
A atriz francesa, de 46 anos, é formada em teatro, encarnou quase sempre personagens exigentes, mulheres em busca de poder, guiadas pelo gosto do desconhecido ou de grande humanidade e confrontadas com dramas da vida.
Musa de Leos Carax, "enfant terrible" do cinema francês, foi lançada pelo diretor em "Mauvais sang" (1986) e posteriormente dirigida por ele em "Os amantes de Pont-Neuf" (1991). Mas seu primeiro filme mesmo foi Liberty Belle (1982). O seu aspecto gracioso e delicadamente "mignone" que emprestou inocência aos filmes Vie de Famille (1984), Je Vous Salue Marie (Eu Vos Saúdo, Maria, 1985). Sua beleza européia lhe fez posar nua há dois anos atrás para a capa da Playboy francesa em plenos 43 anos mostrando uma boa forma invejável. Sua pele branca e seus cabelos negros, fazendo o gênero beleza natural e delicada mas com inteligência e idéias claras foi essa imagem da mulher parisiense que fez ela virar a queridinha da marca francesa de cosméticos Lâncome há alguns anos atrás e seu rosto clássico virou o frasco do perfume Poeme.
Em foi com dois filmes que a triz viveu sua primeira experiência no exterior com "A insustentável leveza do ser" (1987), de Philip Kaufman, com Daniel Day-Lewis, no qual chamou a atenção da crítica e do grande público com sua beleza e seu talento.
Depois na produção inglesa "Relações Proibidas" (1992), com Jeremy Irons e "O morro dos ventos uivantes" (1992), também rodou "Azul", do polonês Krzysztof Kieslowski, que em 1993 e assim marca uma nova etapa em sua carreira, com um prêmio de interpretação em Veneza e o César francês de melhor atriz. Retirou-se para ser mãe em 1994, voltando à tela como a heroína de Le Hussard Sur le Toit (1995) e nesse mesmo ano foi escolhida pela Empire Magazine como uma das 100 estrelas mais sexys da história do cinema. Em 1996 ganhou o Oscar da Melhor Atriz. Com a sua secundária mas hipnotizante personagem Hana no filme The English Patient (O Paciente Inglês), naquela que foi uma das maiores surpresas da história do Oscar.
Atuou em filmes de época como "O cavaleiro do telhado e a dama das sombras" (1996), participou de Alice et Martin (1998), Les Enfants du Siècle (1999), Éloge de l'Amour (1999), La Veuve de Saint-Pierre (2000) e Code Inconnu: Récit Incomplet de Divers Voyages (2000), antes de entrar na pele de Vianne Rocher no filme Chocolat (Chocolate, 2000), que lhe valeu mais uma indicação para o Oscar de Melhor Atriz.
Fez depois outros filmes de menor destaque, voltaria ao grande clã do cinema em: Décalage Horaire (2002), um romance realizado por Danièle Thompson; Country of My Skull (Um Amor em África) (2004), um drama em que contracenou com Samuel L. Jackson e com Michael Haneke filma "Código desconhecido" e "Caché" (2005). Com Abel Ferrara faz "Mary" e com Hou Hsiao Hsien trabalha em "A viagem do balão vermelho" (2007), antes de atuar sob a direção de Abbas Kiarostami em "Shirin" (2008) e "Copia Conforme" (2010).
"Binoche é uma grande artista com alcance internacional, mas eu trabalho com ela em um clima de total descontração, como quando trabalha-se com atores não profissionais", disse em Cannes o diretor iraniano, que já apresentou dez filmes neste Festival, três deles candidatos a Palma de Ouro.
Além de atuar, Binoche dança, pinta e escreve poesia. Uma fotografia de Juliette Binoche, com calça e blusa pretas e com um pincel nas mãos, ilustrou neste ano o cartaz do Festival de Cannes. Juliette é sem dúvida para verdadeiros cinéfilos como eu, uma musa, uma bela, uma das maiores e melhores atrizes da atualidade.
Fonte: Yahoo
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