quarta-feira, 28 de abril de 2010

O fenômeno Fiuk


Fiuk, nome artístico e esquisito do paulistano Filipe Kartalian Ayrosa Galvão de 19 anos, que está sendo conhecido pelo grande público por interpretar Bernardo na décima sétima temporada do seriado global “Malhação ID” e por ser vocalista da banda Hori. É filho do cantor romântico Fábio Júnior e da artista plástica Cristina Karthalian. Terceiro filho de quatro irmãos: Cleo Pires (que é filha da também atriz Glória Pires), Krizia, Tainá e Záion.
Diz que sempre foi alvo constante de brincadeiras no colégio que estudava. “Os moleques me chamavam de Fabinho e eu ficava muito bravo”, lembra. Quando o jovem começou a aprender violão e a alimentar sonhos de formar uma banda, resolveu adotar o codinome Fiuk. “Quem inventou esse apelido foi o melhor amigo dele, Edson, filho do jardineiro da nossa casa”, conta Cristina, a mãe do rapaz.
A popularidade do rapaz aumentou há quatro meses atrás, quando ele passou a liderar o elenco de “Malhação ID”. Fiuk virou um dos campeões de correspondência da Rede Globo e viu o cachê e de sua banda de pop rock, multiplicar-se por dez: de 2 000 para 20 000 reais por show. No Twitter, tem mais de 323 000 seguidores.
Fiuk deu seu primeiro passo na carreira artística foi como músico e hoje é vocalista da Banda Hori que faz o estilo emocore e foi formada em 2004. Depois de algumas mudanças na formação, a banda consiste também como Max Klein (guitarra solo e vocal), Renan Augusto (guitarra base e vocal), Fê Campos (baixo) e Xande Bispo (bateria). Fábio Jr, bancou a produção do primeiro videoclipe e dos CDs demo da banda de Fiuk, o disco de estreia, lançado pela Warner, vendeu 10 000 cópias. Também também dividiu o palco com o filho no Domingão do Faustão, no fim do ano passado. Os dois cantaram a música “Pai” e não seguraram as lágrimas. “Foi muito emocionante, pois ele fez essa música para o meu avô, que morreu antes de eu nascer”, conta o galã teen.
Vem mesmo ganhando espaço e sucesso como ator protagonisando o “Malhação ID” nas tardes da Globo, cantando aliás a música de abertura da atração e não é por menos que acaba de ter uma canção de sua autoria confirmada na trilha nacional do fenômeno cinematográfico Crepúsculo e se prepara para estrear nos cinemas brasileiros com o filme “ As melhores coisas do mundo” da consagrada diretora Laís Bodanzky do premiado “Bicho de sete cabeças”.
O filme reúne reúne nomes conhecidos da boa safra de novos atores da dramaturgia brasileira para contar a história de um adolescente chamado Mano (interpretado pelo desconhecido ator Francisco Miguez), paulista de classe média que enfrenta os conflitos típicos da idade, em meio ao burburinho de uma tradicional vida escolar. Amparada por um elenco de protagonistas escolhidos entre os próprios alunos de uma instituição de ensino, Bodanzky fez um filme leve, sem grandes pretensões, mas que satisfaz o público espectador justamente por não teatralizar a representação de uma geração que não precisa ser distorcida para parecer exagerada. “As Melhores Coisas do Mundo” é um filme jovem, para jovens e seu ritmo ágil pode incomodar quem espera por um drama sóbrio e maduro. Baseado na série de livros “Mano”, dos escritores Gilberto Dimenstein e Heloisa Pietro, o roteiro é marcado por situações que só uma mente adolescente poderia prever.
Apesar de iniciantes, os novos atores surpreendem e conseguem atuações que, de tão espontâneas, beiram o cinema documental. Como é o exemplo de Fiuk, que faz o personagem Pedro, um jovem romântico e idealista, irmão do protagonista e dos sempre excelentes Caio Blat, no papel de um dos professores do colégio, Denise Fraga e Zé Carlos Machado, os pais de Mano. O uso de características mais comuns ao cinema documental, como a presença de não atores e roteiro feito em colaboração com os personagens, aliadas ao fato de que boa parte da história acontece nos corredores de um colégio real, aproximam o filme “As Melhores Coisas do Mundo” de outra produção recente, “Entre os Muros da Escola”, que em 2008 venceu a Palma de Ouro, em Cannes. O filme de Bodanzky também possui inegável qualidade estética. Embora seja convencional em sua direção, ela não perde a oportunidade de brincar com a câmera e exibe técnicas interessantes que permitem congelar o tempo ao redor do protagonista. A diretora fez um filme que, se não é a perfeita representação do jovem brasileiro, é tudo aquilo o que ele não tem coragem de mostrar.
“ A minha vida é a música. Quero tocar cada vez melhor, compor cada vez melhor, cantar cada vez melhor, diz ele pilhado às 11 da manhã tentando equilibrar um copo descartável de café, milk- shake de morango e uma porção de pão de queijo antes de começar mais um dia de gravação nos estúdios do Projac. Mas não quero deixar de atuar, pois ser ator também é uma grande paixão na minha vida. Diz o rapaz. Fiuk namora e mora junto há dois anos com a produtora de moda Natália, de 37 anos, ou seja, a diferença de idade entre os dois é de 18 anos. “ Gosto de mulheres mais velhas. Elas são mais decididas. Não tem tanto nhenhenhém.” Diz em tom bem decidido. Na verdade Fiuk é apenas um jovem de 19 anos deslumbrado, no melhor sentido da pelavra deslumbrado, com todo esse circo que é o showbiz e que queira, ou não, para a nossa sorte ou azar, ainda ouviremos falar muito deste carinha.

Fonte: Famaosfera

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