quarta-feira, 20 de maio de 2009

Duplo sentido

Duas realidades da vida
Uma, o começo, a outra, o fim
Dois reflexos confusos, duas fotografias desfocadas
Que nos perfura, nos penetra, nos parafusa

Cada santo dia, uma encruzilhada profana
Surpresas, karmas, darmas, decepções
Uma viagem de mão dupla, uma viagem sânscrita
Nas curvas da estrada da vida, onde a sorte sempre é lançada

De olhos bem fechados, confio na certeza precisa
De um tiro impreciso no escuro
Para incendiar meu coração à queima roupa
E me fazer sangrar o sangue do amor maior

Voraz dualidade ambígua que nos divide ao meio
Duplo sentido dos sentimentos de dois seres
Que de dois viram um só no final
Se encontram em destinos paralelos, em partículas que se juntam, em espirais.

(Codinome Pensador)

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