quinta-feira, 23 de abril de 2009

Janela do tempo



Janela aberta é saudade
Quem se debruça sobre ela
Sabe e sente
Que tem olhos no passado
E o corpo no presente.

(Codinome Pensador)

terça-feira, 21 de abril de 2009

Com o teu amor

Com o teu amor
Uma vida inteira se torna curta
Com o teu amor
Minha alma diz sim
Com o teu amor
Não conheço o fim
Com o teu amor
A razão não tem razão
Com o teu amor
Confundo nossas pernas
Com o teu amor
Nossas noites são eternas
Com o teu amor
Meu coração é o teu coração.

(Codinome Pensador)

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Ser poeta

Os romanos diziam, que ao contrário dos oradores, que se fazem, poeta nasce-se. Não adianta forçar, os deuses dão o dom ao versejador de fabricar versos, este sim é o verdadeiro poeta. Sempre quando leio Mario Quintana, Manoel Bandeira, Cecília Meireles, Fernando Pessoa, Camões, Gonçalves Dias, Drummond, digo pra mim mesmo: Deus foi muito bom com eles!
A poesia para mim é uma coisa inigualável, é uma expressão de sentimentos, é uma declaração de amor. Não há estudo que te diga como escrever uma poesia. Acredito sim que seja um dom e dos mais belos, uma arte das mais bonitas, é uma prática diária, um sacerdócio sem fim, tem de ter empenho, sensibilidade e claro conhecimento de métrica, de rima, de escola literária, conhecer os estilos, os clássicos, os mestres, mesmo que você vá fazer uma poesia moderna.
Ser poeta pra mim é saber colocar o sentimento no papel, colocar para fora o que esta se passando em seu interior mas não colocar um amontoados de letras apenas, ir agrupando-as em palavras e frases de difícil entendimento, traduzindo o sentimento da forma mais simples e assim poder falar à todos de sua maneira, no final de tudo ser poeta é ser apenas honesto consigo mesmo.
Muitas vezes esquecemos o ser do poeta, que na sua essência acaba sendo muito solitário, sofrido, esse é o viver de sentir os mundos que nunca formam descobertos, tecendo palavras e versos, descobrindo a pureza em tudo desde do insignificante ao significante, exteriorizando o abstrato, inventando novas formas, ter nos dedos o pensar, tendo que ser diferente e original sempre, tendo que suportar o chorar do outro, fazer o irreal se tornar real, o existencial em metafísico e vice versa e sempre ir além do concreto, gostar mesmo desse árduo oficio e ainda assim ser um ser sensível e ao mesmo tempo gritar ferozmente para a sociedade, dando um basta à toda mediocridade e superficialidade que nos rodeia.
Uma vez alguém me disse que para se matar um poeta basta proíbi-lo de escrever, é como se estivéssemos tirando sua ânsia de vida, deixando o louco aos poucos, matando lentamente o seu inventar, o seu criar, o seu sonhar.

Ser poeta

“Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!
É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!
É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...
É condensar o mundo num só grito!
E é amar-te, assim perdidamente...
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!”

(Florbela Espanca)

sábado, 11 de abril de 2009

Disfarce

Nem adianta controlar, nem omitir
O que o tempo traz à tona e o que o sorriso condena
A voz bem trêmula, simula e expressa em rosto, a entrega
Com sutis toques e de emoção a mão se excita
Excita o corpo, a alma e a calma finge uma agonia
Pra que deter, ser tão mordaz, enfatizar,
Se tudo finda em camuflar
De onde vem a intuição, pra onde foi a discrição
Feito doença, uma insânia se inseriu e surge, então, a compulsão, insepulta laxação
Um coração, há pulsação e a tentação da alegria, em euforia, sofrer de dor
Mudar de cor é palidez, que sensatez se não ousar
Ousar bem mais que a tristeza, deixar no ar a esperteza
São tantos gestos, infindos, de mil facetas, expressões
Num movimento, um só pensar e haja como duvidar.

Constrição

Nas vezes que surge aquele aperto
E as palmas tão frias,

Das mãos, dos pés
Ao invés da saída,
A força ferida, o orgulho
E a alma perdida
De ponta à cabeça
O efeito perfeito, parece cannabis
E a porta entreaberta
Uma fresta
Luz no escuro.


(Codinome Pensador)

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Grazi Massafera sensualíssima na Vanity Fair

Depois de Gisele Bundchen, chegou a vez da belíssima Grazi Massafera, que ganhou fama nacional depois de participar do Big Brother em 2005 e protagonizar este ano a novela global Negócio da China, posar para a revista Vanity Fair de abril. Grazi está em nada mais, nada menos que 12 páginas da revista.
As fotos, feita pelo badalado fotógrafo italiano Claudio Carpi, foram realizadas há alguns meses, no centro do Rio. Carpi já fotografou grandes celebridades como Sean Penn, Marcello Mastroiani, Nicole Kidman, Antonio Banderas, George Clooney e Monica Bellucci.
As peças usadas por Grazi na sessão foram das grifes Gucci, Prada e Versace, além das brasileiras Guilherme Tavares, Pedro Lourenço e Zoomp.
O editor da publicação disse como a loira foi escolhida e a elogiou:
“Grazi simboliza uma mulher maravilhosa totalmente possível e real”.
“Fiquei lisonjeada com o convite. No início, achei que era brincadeira. Depois, me senti muito prestigiada por entrar para o grupo seleto de artistas brasileiros que já fotografaram para publicações internacionais, como Fernanda Lima e Rodrigo Santoro”, disse Grazi.

Fonte: site Terra






segunda-feira, 6 de abril de 2009

Felicidade sim

Cheguei à conclusão que vira e mexe nesse últimos anos sempre nos pegamos repetindo a frase “Eu era feliz e não sabia”, principalmente nós brasileiros, também não é pra menos com tanta violência nas ruas, assaltos, hoje em dia a coisa está feia ao extremo. Os jornais dividiam o espaço com notícias não muito distante de nossos olhos e de nossa realidade cotidiana.
Li há alguns dias em uma coluna de uma revista de circulação nacional um texto-desabafo da escritora Lya Luft, ela escreveu assim: “ Sinto medo de num futuro muito próximo, ver as pessoas vivendo como ratos, organizados em seus lares com minishoppings, comida pré-pronta, diversão cibernética, amizades virtuais e do lado de fora de nossas vidraças um trágico cenário de cruzes, prostituição e balas perdidas”. Não posso negar que penso bem parecido como ela e a cada dia que passa, a cada manchete que leio, vejo ecoando em minha mente a mesma frase de sempre: “Eu era feliz e não sabia”.
Pensando agora melhor...Existe alguma forma de ser feliz e não saber?
Claro que sim, o problema é que o ser humano nunca esta satisfeito com o que tem, nós hoje em dia andamos tão apressadamente querendo tudo ao mesmo tempo agora e quando passa o tempo descobre-se que o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida e que nem paramos por alguns minutos para refletir sobre a nossa felicidade, pelo o que vale a pena mesmo lutar na vida, quais os caminhos que são nossas prioridades, quais os sonhos que queremos que se realizem realmente. Até porque o que ontem era o ideal pode ser que hoje não seja, somos seres inconstantes, por isso, a felicidade é algo tão subjetivo e relativo, mesmo assim queremos, isso é incontestável.
Demoramos para enxergar a pessoa que somos e às vezes demoramos uma vida inteira tentando descobrir o que queremos. Enfim...Somos complexos demais. Eu adoro a frase do Vinicius de Morais que diz: "Que seja Eterno enquanto dure".
Serei feliz então com as minhas recordações até porque o tempo não volta atrás, o tempo é atroz e a pessoa que somos ontem foi reconstruída pelo pessoa de hoje, amanhã não sei quem e se serei melhor, se aprenderei mais com meus próprios erros, se me arrependerei de algumas coisas, se sentirei saudade de outras, mais é a vida, ela sempre nos ofereçe novas oportunidades. Como dizia a música: O que é? O que é? Do Gonzaguinha: "Eu fico com a pureza da resposta das crianças, é a vida, é bonita e é bonita...".

Afinal a felicidade de hoje, amanhã pode ter outras cores, outras formas e outros jeitos para se encaixar na nossa vida no que queremos tanto, no que desejamos tanto. Esse pensamento não tira o mérito do passado, pois o que passou é seguro e eu já conhecemos muito bem. O presente sim deixa dúvidas e o pior de tudo é o futuro, que eu nunca vimos a cara, nem sabemos nada sobre ele. Sinceramente eu espero lembrar de hoje sentindo saudades de amanhã.
Me veio à cabeça agora outra música perfeita, do Carlinhos Brown e da Marisa Monte intitulada Pra ser sincero, para fechar esse momento, que diz assim:

“Eu era tão feliz
E não sabia, amor
Fiz tudo o que eu quis
Confesso a minha dor
E era tão real
Que eu só fazia fantasia
E não fazia mal
E agora é tanto amor
Me abrace como foi
Te adoro e você vem comigo
Aonde quer que eu voe...”