terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Todo mundo quer ser "Cool"

Para muita gente, ser cool é ter uma etiqueta no jeans provando que a calça custou R$ 2 mil. E os comerciais de TV podem mesmo dar a impressão de que, para merecer a qualificação, tudo o que é preciso é estar antenado com a moda e ter uma aparência bacana. Ser cool não é um produto que pode ser comprado. É uma atitude de rebeldia e, por isso mesmo, o importante é escapar de tudo aquilo que é vendido pela mídia como descolado.
Ou você é cool ou não é. Observe as atitudes de ícones da música e do cinema de várias épocas, como: Miles Davis, Marlon Brando, Humphrey Bogart, Cary Grant, Janis Joplin, Orlando Bloom, Wagner Moura, Paulo César Pereio, Scarlett Johansson, Ladyhawke, M.I.A, Liam Gallagher, Carl Barat, Damon Albarn, Johnny Marr e conclua que todos tem em comum, o que os une todos esses é um completo descaso com o que pensa a sociedade. Em resumo, ser cool é saber dizer: dane-se, inclusive para si mesmo.
O cool nasceu no gueto, como uma resposta à discriminação social. Era a forma de expressão daqueles que não encontravam espaço no mundinho branco e protestante que controlava a sociedade americana. Foram os negros que ouviam o jazz, os mafiosos italianos que forjaram a atitude cool. Como essas pessoas não suportavam as injustiças que sofriam, decidiram desdenhar as instituições - em vez de bater de frente com elas. O cool não está preocupado em mobilizar as pessoas para mudar a sociedade: ele prefere ficar de longe, ironizando todos os protocolos sociais porque sabe que fazer barulho costuma não resolver nada.
Também não adianta fazer barulho para mostrar o quanto você é cool. É como ser poeta. Ninguém pode se autoproclamar. As pessoas é que devem considerá-lo como tal.
Por isso, quem se acha cool, na verdade, está mais distante de sê-lo. Alguns dos que quiseram construir essa imagem se deram mal. Foi o caso do ator Colin Farrell, que deixou que seus bajuladores vazassem que ele cheirava muita cocaína e bebia litros de uísque. A imprensa americana percebendo a jogada de marketing, escreveu que era preciso o dobro das substâncias que ele dizia usar para conseguir assistir a qualquer filme dele.
O cool, como é algo natural, não precisa de holofotes para se afirmar. Mick Jagger, vocalista dos Rolling Stones, ditou os preceitos do cool nos anos de 1960, mas o sucesso lhe subiu à cabeça. De descolado, o músico virou um mala. Sua postura de estrelinha deixou claro que o verdadeiro cool da banda era Charles Watts. O baterista ganha a vida com rock, mas gosta mesmo é de jazz. Ele não se impressiona por sua banda ser considerada a maior do planeta. Na década de 1980, quando o grupo estava fora de sintonia e o ego de Mick Jagger conseguia superar a quantidade de drogas que ele consumia, o vocalista ligou, bêbado, perguntando onde estava o baterista de sua banda. Do outro lado da linha, Watts desligou o telefone com calma, tomou um banho, vestiu um terno e foi ao quarto de Jagger. A resposta para o estrelismo do vocalista, de tratar o conjunto como se fosse seu, foi um soco na cara. Sem perder a pose, saiu do quarto, voltou para a cama e dormiu.
Elvis Presley é um outro exemplo de como ser cool. Ele surgiu chocando as velhinhas com seu remelexo pélvico, o que não era tanta novidade já que os negros do jazz se chacoalhavam desde a década de 1930. Quando lançou moda, Elvis era o bonitão que vestia o estereótipo de selvagem. O cinema adorou e ele virou rei. Ele tinha sua majestade, mas só se tornou realmente cool nos anos de 1970. Com uma pança proporcional às costeletas, vestido com macacões de franjas e bocas-de-sino gigantescas, ele dava desengonçados golpes de caratê em seus shows. Cantava músicas melosas, flertava com o country e era o ídolo das coroas. E continuava sendo bom. Era tão cool que até hoje tem gente procurando por ele, dizendo que não morreu.
Se pudéssemos estabelecer uma base das cinco principais características que fariam de um personagem de cinema ou um artista "cool" seria m as seguintes:

1) O Personagem X deve ser completamente irresistível às outras pessoas, tanto do sexo oposto ou não. Há trinta anos ameaçando qualquer um apenas com o dedo indicador.
2) Não só de frases se compõe o "cool". Se isso fosse verdade, todo o filme de David Mamet seria encaixado nessa categoria. O personagem deve saber como pronunciar aquela frase, incluindo a entonação, o senso de humor e o olhar. Às vezes, somente o olhar é necessário. E além disso, o Personagem X deve ter um bordão ou um gesto que sempre o caracterize. Talvez o jeito de andar, ou o jeito de levantar o dedo ao ameaçar alguém, o personagem sempre será reconhecido por isso.
3) Infelizmente, o visual faz o Personagem X. Algumas vezes, é apenas um chapéu fedora, chicote e jaqueta surrada, um conjunto de terno e gravata preta e camisa branca com um grande penteado afro, ou até mesmo uma armadura que cubra totalmente o artista. O visual é parte fundamental da procura pela essência do "cool".
4) Não há ninguém mais esperto do que o nosso personagem X. Ele conhece as músicas mais obscuras do planeta e conhece estilos de kung fu desconhecidos até por Jet Li. E ele tem mais soluções para qualquer problema do que o McGyver usando dois canivetes suíços e um rolo de silver tape. Parafraseando Tina Turner: "Simply The Best"
5) O artista que interpreta qualquer Personagem X tem que ser multifacetado. E, de preferência, nunca ter ganhado um Oscar (afinal, ele é tão cool que nem se importa, o que importa pra ele é a bilheteria). Prêmio que ele tem alguma consideração é o MTV Movie Awards.
Acho que se olhássemos em qualquer dicionário a definição dessa categoria, uma foto estaria presente como o exemplo perfeito. Ele atende pelas alcunhas de "The Man" e "Bad Motherfucker": Samuel L. Jackson. Sem dúvida, ele é um exemplo a ser seguido por qualquer aspirante a ser "cool". Mas não podemos nos esquecer também daquele que fez matar um dia de aula algo magnífico: Ferris Bueller.

Infelizmente, algumas antigas manifestações do "cool" hoje em dia não são bem vistas e estão sendo consideradas até como um sinal de insanidade, como fazer o moon-walking ou dançar de cuecas na sala de estar, ao som de "Old Time Rock’n Roll".
Ser cool não é nenhuma lavagem cerebral. É entender apenas as redes que integram o popular e a elite, o subversivo e o legal. Falando assim até parece muito fácil, mas aí que está o segredo para ser cool, se é que isso é possível.

Fonte: livro "Uma Breve História do Cool" de Renzo Mora.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

O furacão Madonna no Brasil


A espera chegou ao fim. Depois de 15 anos de sua última apresentação no Brasil, a cantora norte-americana Madonna deu início à turnê ”Sticky & Sweet”, na noite deste domingo (14), no país. Mesmo debaixo de chuva, a rainha do pop cantou para 70 mil pessoas no estádio do Maracanã, na Zona Norte do Rio de Janeiro.
Para quem aguardava há meses o show desta noite, a recompensa veio em forma de música, efeitos de luzes e muita dança, coisa que Madonna, aos 50 anos de idade, mostrou que ainda sabe fazer muito bem.
A chuva que caiu sobre a cidade se estendeu durante as duas horas do espetáculo. O público não desanimou. “Essa chuva só veio abençoar essa noite maravilhosa. A Madonna é linda, incrível e uma grande cantora. Esperamos muito por esse dia, não será uma chuvinha que vai acabar com o show”, declarou um fã.
Se a produção impressionou com a megaestrutura montada para o show no Brasil, os fãs, por sua vez, não fizeram feio e investiram no look e nas homenagens. Cartazes, camisetas personalizadas e faixas fizeram parte do “kit de sobrevivência” que os seguidores da rainha do pop montaram para o show no Maracanã.
Os portões do Maracanã só abriram por volta das 17h40. Segundo a polícia, a entrada do público aconteceu de forma tranqüila, sem incidentes. Minutos antes do show, nos bastidores, Madonna recebeu o governador do Rio Sérgio Cabral e a primeira-dama.
Após a performance do DJ Paul Oakenfold, Madonna subiu ao palco com meia-hora de atraso. Ao som de “Candy shop” e “Beat Goes on”, ambas do seu mais recente álbum, a loura abriu a noite às 20h30 vestida com um smoking preto e um maiô que valorizava as suas pernas torneadas.
Os telões espalhados pelo cenário e em cima do palco central potencializaram o espetáculo com videoclipes, homenagens e participações especiais. A primeira delas aconteceu em “Human nature”, com Britney Spears. Em seguida, Madonna pegou carona em um Rolls Royce ao som de “Vogue".
Atlética, elástica e com um corpo de dar inveja a muitas garotas de 20 anos, Madonna usou e abusou da sua vitalidade com o hit “Into the groove”, ao arriscar manobras de pole dance (dança no poste) sobre a mesa do DJ. Mas antes, ela transformou o palco em um grande ringue de boxe ao som de “Die another day”.
Um dos momentos mais polêmicos foi durante “She’s not me”. Madonna fez de tudo um pouco: dançou sensualmente, brincou com um vestido de noiva e até beijou na boca de outras dançarinas. O que ela não contava era com o tombo que levou por causa do palco molhado. Nada que os fãs pudessem se preocupar, já que a musa se levantou em seguida e continuou dançando, como se nada tivesse acontecido.
O momento “balada” ficou por conta de “Devil wouldn’t recognize you”. Foi quando o telão de 360º desceu até o palco revelando a sombra da diva sobre um piano. “Spanish lesson”, na seqüência, iniciou a homenagem de Madonna aos ritmos hispânicos. Um dançarino de flamenco roubou a cena e arrancou gritos das mulheres da platéia.
Roupas coloridas, banjos e pandeiros. O Maracanã abriu as portas para um grande acampamento cigano ao som de “Miles away” e “La isla bonita”. Um grupo de música cigana acompanhou a cantora e fez muita gente arriscar uns passinhos, com direito a tequila e tudo.
O presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, foi homenageado durante “Get stupid”, que ressaltou a preservação do planeta. O "tic tac” no final da canção foi a deixa para o sucesso “4 Minutes”. No palco, saem os dançarinos e entram várias projeções do cantor Justin Timberlake, com quem Madonna passa a dividir o palco.
No quesito empolgação, a faixa vitoriosa foi "Like a prayer”, que fez vibrar as estruturas do Maracanã. O público, que já não se preocupava com a chuva que não parava de cair, pulou, cantou e bateu palmas. Emocionada, a diva agradeceu:
“Eu só gostaria de dizer que estou muito feliz em estar de volta depois de 15 anos. Obrigado. Eu amo o Rio”, declarou a loura, que ainda completou com um “Dane-se a chuva”, antes de começar a cantar “Ray of light”. Em seguida, ela pediu para um fã pedir uma música que não estava no repertório. A canção escolhida foi “Express yourself”.
O último e mais empolgado bloco terminou com “Hung up” e “Give it 2 me”. Após duas horas de show, Madonna deixou o palco ovacionada pelo público carioca. O Game Over estampado no telão anunciou o fim do espetáculo. Madonna provou, mais do que nunca, que quem foi rainha nunca perde a majestade.

Fonte: site G1

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Eis a questão...

O nosso espírito faz escolhas que até Deus dúvida
Nossos olhos sempre julgam: consciente e inconscientemente
E esse julgamento só serve pra nós mesmos
Então...Ser ou não ser apenas mais um ser?
Um desmando da nossa alma?
Eis a questão...

Nosso corpo
Acessório de luxo nesses novos tempos modernos
Pode ser vigorexia? Pode ser!
Nudez artística
Nunca tem a menor intenção de constrangir
Arte pela arte, vaidade pela vaidade ou capitalismo pelo capitalismo?

Temos é que ver tudo ao nosso redor com mais alma e menos retina
Conceitos versus tabus
Biologia versus religião
Princípios versus desejos
Fidelidade versus traição
Marginalidade versus santidade
Eis a questão...

A vida sempre está jogando com a gente
Mas nossa alma não nos deixar ter traumas
Basta olhar na palma de nossas mãos
Pode ser quiromancia? Pode ser!
Porque tudo vale a pena
Se o homem for muito mais além que apenas um simples macaco.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Viva o super Obama!!!


Obama é o carisma em pessoa. Barack Obama tem apenas 25 meses de senadoria americana. Ele é “African-American”, palavrinha de difícil tradução, e não negro como nossos negros são negros, destituídos ou não de carisma.
Obama tem carisma, juram todos. Deve ter contribuído para esse estado carismático sua extração, que, até agora, é de enredada narrativa.
Nasceu no Havaí, filho de mãe americana do Kansas e pai economista queniano negro (perdão, americano). Como político, não se sabe direito nada dele, o que quer dizer: não se sabe nada sobre o que fez, nem de positivo e nem de negativo.

Obama, foi eleito o "Homem do ano de 2008" pela revista americana Time. A publicação diz que há dois anos Obama era um mero desconhecido para a metade do país. Ele reuniu 100 mil pessoas num comício em St. Louis, arrecadou mais de US$ 700 milhões em sua campanha e se tornou o responsável por enfrentar a pior crise num primeiro ano de governo no país desde a eleição de Franklin Roosevelt, em 1932.
"Chegou à cena americana como uma trovoada, pôs de pé nossa política, rompeu com décadas de senso comum e superou séculos de uma ordem social hierárquica", diz o texto publicado na edição desta semana da revista.
O presidente que governará os EUA a partir de 20 de janeiro de 2009 "reagiu de uma maneira sem precedentes para formar uma administração que proporcione confiança a um mundo em plena turbulência" após oito anos de George W. Bush na Casa Branca. A revista destaca como qualidades de Obama ser discreto é a "antítese da retórica".
Obama é considerado por outras autoridades em sua eleição, entre elas a ex-candidata a vice-presidente dos EUA Sarah Palin; o secretário do Tesouro americano, Henry Paulson, o presidente da França, Nicolas Sarkozy; e o cineasta chinês Zhang Yimou. No ano passado, o atual premier russo Vladimir Putin ganhou o título. Bush também já foi escolhido o homem do ano.

Não foi coincidência a escolha do dia de hoje para o candidato do Partido Democrata à presidência dos Estados Unidos, Barack Obama, fazer seu discurso de aceitação.
No dia de hoje, em 1963, Martin Luther King fez o seu discurso mais famoso, conhecido como “I Have a Dream” (Eu tenho um sonho), em Washington D.C. O sonho de Martin Luther King era que no futuro negros e brancos pudessem viver como iguais. Hoje, em outro 28 de agosto, 45 anos depois, o afro-americano Obama aceitará a posição de primeiro homem de sua raça a concorrer à presidência dos Estados Unidos.
Mas não é apenas a Martin Luther King que Obama quer fazer alusão. O carismático e mítico presidente dos EUA John Kennedy também serve de exemplo para Obama. Em 1960, JFK fez seu discurso de aceitação à disputa pela Casa Branca em uma arena aberta, mudando a tradição. Hoje, Obama segue os passos de Kennedy e prepara-se para falar para uma multidão, em Denver (EUA).

Se cumprir suas promessas de campanha, Obama tomará as seguintes medidas, depois que se mudar para a Casa Branca, em Washington.
1 - Guantánamo, prisão destinada aos que cometem atos de terrrorismo, será extinta. Obama quer acabar com as torturas sofridas pelos presos.
2 - Os soldados americanos que estão no Afeganistão e Iraque voltarão gradativamente para casa. Obama quer concentrar a força de seu exército no combate aos talibãs e ao grupo terrorista Al Qaeda, liderado por Osam Bin Laden.
3 - Obama reconhece que o Irã pode ser o estopim de uma nova Guerra Mundial, mas está disposto a dialogar com o governo de Mahmud Ahmadineyad.
4 - Obama está propenso também a assinar o protocolo de Kyoto, pelo qual países industrializados e outros integrantes da Organização das Nações Unidas (ONU) se comprometem a reduzir as emissões de carbono.
5 - O novo presidente quer ainda reduzir a dependência de petróleo da Venezuela e Oriente Médio, promovendo novas fontes de enrgia renováveis, destinando para tal cerca de 150 bilhões de dólares.
6 - Obama é simpático à idéia de retomar o diálogo com o primeiro-ministro espanhol José Luís Rodrigues Zapatero, interrompido desde que a Espanha retirou suas tropas do Iraque.
7 - Além de pôr fim à crise frise financeira que abala os Estados Unidos e, em conseqüência, o resto do mundo, Obama se inclina a aprovar tratados de livre comécio, em particular o que favorece à Colômbia.

Enfim...Só nos resta dizer um grande Viva ao super Obama!!!

Fonte: site Reporter.net

" Flora, a vilã que amamos odiar"


Li o artigo do Arnaldo Jabor entitulado: "Flora, a vilã que amamos odiar" . E queria compartilhá-lo com quem virou fã e está apreciando a magistral interpretação da vilã mau caráter folhetinesca vivida pela atriz Patrícia Pillar na novela "A favorita" da Rede Globo.
Segue abaixo o principais trechos da crônica do Jabor:
"A extrema maldade de Flora da novela "A Favorita" nos faz indignados e fascinados. Patrícia Pillar está dando um show, como também Glória Pires fez no passado com Maria de Fátima em "Vale Tudo", que iniciou a leitura da psicopatia brasileira. Antigamente, nos romances e filmes, nos identificávamos com as vítimas; hoje, nos fascinamos com os vilões. Por quê? Bem, porque os psicopatas são o nosso futuro, a vida moderna nos levará a isso.Diante dos cadáveres, da miséria, do cinismo, somos levados a endurecer o coração, endurecer os olhos, a ser cínico em busca de um funcionamento "comercial". Do contrário, seremos descartados, tirados "de linha" como um carro velho.O psicopata light, que não faz picadinho de ninguém, tem as mesmas molas que movem o esquartejador. Tem encanto e inteligência; sem afetividade ou culpa para atrapalhar, tem uma espantosa capacidade de manipulação dos outros, pela mentira, sedução e, se precisar, pela chantagem. Questionado ou flagrado, o psicopata sempre se acha inocente ou "vítima" do mundo, do qual tem de se vingar. Suas ações mais absurdas e cruéis são justificadas como lógicas, naturais, já que o "outro" não existe. Não sente nem remorso nem vergonha do que faz. Ele mente compulsivamente. Não olha para dentro de si simplesmente porque acha que não tem nada a aprender.O psicopata não deprime. Ele atua e pode fazer muito sucesso num mundo onde a alegria falsa e maníaca é obrigatória. Estes tempos de alegria obrigatória são "sopa no mel" para os psicopatas, os chamados psicóticos "sãos" como os nomeiam alguns psicanalistas hoje.Hoje em dia é proibido sofrer. Temos de "funcionar", temos de rir, de gozar, de ser belos, magros, chiques, tesudos, em suma, temos de ser uma mímica dos produtos de "qualidade total".No entanto, a depressão importa. A melancolia é fundamental para a criação e para a felicidade. Estamos erradicando uma força cultural brutal, a musa por trás de muita arte, poesia e música. Estamos aniquilando a melancolia.Sem um desencanto com o sentido da vida, sem um ceticismo crítico, sem a morte no pensamento, ninguém chega a uma reflexão decente. Só com a ajuda da angustia constante este mundo à beira da morte pode ser transformado, reavivado, levado ao novo.No Brasil, com a crise das utopias e com a propaganda estimulando a ridícula liberdade para irrelevâncias, temos o indivíduo absolutamente sozinho. Isso leva a um narcisismo desabrido, base da psicopatia. Queremos ser ricos ou famosos.E esse comportamento está deixando de ser uma exceção. O psicopata é um prenúncio do futuro. A velha luta pela ética, pela paz, pela solidariedade está virando uma batalha vã. Os chamados comportamentos "humanos" estão se esvaindo na distância. O "humano" está virando apenas um lugar-comum para uma "bondadezinha" submissa, politicamente correta.Antes, os psicopatas tocavam num mistério que não queríamos conhecer. Tínhamos medo deles. Hoje, temos de competir com os psicopatas, que em geral nos vencem, com sua eficiência, rapidez e falta de escrúpulos. Estamos vendo que essa antiga doença vai acabar virando uma "virtude" no futuro."
(Arnaldo Jabor)

Tô ouvindo: CD Little Voice da Sara Bareilles


Sara Bareilles (nascida em Humboldt County, California), é cantora, compositora e pianista.
Ela já foi comparada a Fiona Apple, Norah Jones e a Joni Mitchell, sua voz lembra cantoras como Sarah McLachlan e Alicia Keys, isto mesmo sem possuir qualquer tipo de treinamento formal em música. O seu primeiro grande álbum: Little Voice, já vendeu mais de um milhão de discos, além de receber disco de ouro nos Estados Unidos.
"Little Voice" é composto por uma série de canções que falam sobre a sua vida, os seus relacionamentos, a sua "cabeça de vento crônica" e a sua total devoção em tentar compor material honesto e partilhá-lo com meio mundo que se identifique com a sua música.
E é desse adjetivo que ela mesma se intitula " cabeça de vento crônica" que saiu o título do álbum: "Little Voice" é já um sucesso nas tabelas, tendo alcançado já mais de 1 milhão de cópias vendidas.
Agora segue-se por toda a Europa e américa latina com bastante êxito, a prova disso é que: a música "Love Song" encontra-se no 1.º lugar nesses países como um dos temas mais tocados.
Lista de músicas do Cd:

01. Love Song
02. Vegas
03. Bottle It Up
04. One Sweet Love
05. Come Round Soon
06. Morningside
07. Between the Lines
08. Love on the Rocks
09. City
10. Many the Miles
11. Fairytale
12. Gravity

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Non, je ne regrette rien

Non, Rien de rien
Non, Je ne regrette rien
Ni le bien
Quon ma fait,
Ni le mal,
Tout ça mest bien égal !
Non, Rien de rien...
Non, Je ne regrette rien.

C'est payé,
Balayé,
Oublié,
Je me fous du passé !
Avec me souvenirs
JÂ'ai allumé le feu,
Mes chagrins, mes plaisirs,
Je nai plus besoin deux !

Balayé les amours,
Avec leurs trémolos,
Balayés pour toujours
Je repars à zéro.

Non, Rien de rien
Non, Je ne regrette rien
Ni le bien
Quon ma fait,
Ni le mal,
Tout ça mest bien égal !
Non, Rien de rien
Non, Je ne regrette rien.

Car ma vie,
Car mes joies,
Aujourdhui,
Ça commence avec toi.

Autores: Michel Vaucaire & Charles Dumont

Diogo Mainardi e a nova reforma ortográfica.

Eu sou um ardoroso defensor da reforma ortográfica. A perspectiva de ser lido em Bafatá, no interior da Guiné-Bissau, da mesma maneira que sou lido em Carinhanha, no interior da Bahia, me enche de entusiasmo. Eu sempre soube que a maior barreira para o meu sucesso em Bafatá era o C mudo. Aguarde-me, Bafatá!
Nossa linguagem escrita está repleta de letras inúteis. A rigor, todas elas. Abolir o trema ou o acento agudo de alguns ditongos deveria ser apenas o primeiro passo para abolir o resto do alfabeto. Se os italianos decidissem abolir a linguagem escrita, perderiam Dante Alighieri. Se os brasileiros decidissem abolir a linguagem escrita, conseguiriam libertar-se de José Sarney.
José Sarney idealizou a reforma ortográfica em 1990. Ela foi escanteada por praticamente duas décadas, até a semana passada, quando Lula a sancionou. A posteridade se recordará da reforma ortográfica como a grande obra de José Sarney, ao lado da emenda parlamentar que permitiu ampliar o aeroporto internacional do Amapá para o atendimento de 700 000 passageiros.
Para os brasileiros, a reforma ortográfica tem um efeito nulo. Ninguém sabia escrever direito antes dela, ninguém saberá escrever direito depois. O caso dos portugueses é mais complicado. Eles concordaram em abrasileirar sua ortografia. Isso acarretou a necessidade de abdicar de um monte de consoantes duplas herdadas do latim. Alguém ainda se lembra de José de Anchieta? Quando ele desembarcou no Brasil, abdicou do latim e passou a rezar em tupi, para poder se comunicar com os canibais. Foi o que os portugueses, mais uma vez, concordaram em fazer agora: para poder se comunicar com os canibais – Quem? Eu? –, adotaram sua língua.
Eu entendo perfeitamente o empenho dos brasileiros em deslatinizar a língua escrita. De certo modo, o latim representa tudo o que rejeitamos: os valores morais, o rigor poético, o conhecimento científico, o respeito às leis, a simetria das formas, o pensamento filosófico, a harmonia com o passado, o estudo religioso. Ele encarna todos os conceitos da cultura ocidental que conseguimos abandonar. Eliminando o C e o P de certas palavras, Portugal poderá se desgrudar da Europa e ancorar na terra dos tupinambás.
Eu já enfrentei outra reforma ortográfica. Em 1971, durante a ditadura militar, Jarbas Passarinho, por decreto, cancelou uma série de acentos. Além do Brasil, só a China de Mao Tsé-tung pensou em fazer duas reformas ortográficas em menos de quarenta anos. Quando a reforma ortográfica de Jarbas Passarinho foi implementada, eu acabara de me alfabetizar. O resultado desse abuso foi despertar em mim uma salutar ojeriza pela escola. Nos anos seguintes, a única tarefa didática que desempenhei com interesse foi me lambuzar com cola Tenaz e, depois de seca, despelá-la aos pedacinhos. Meus amigos fizeram o mesmo. O analfabetismo causado pela reforma ortográfica de 1971 – e pela cola Tenaz – impediu que muitos de nós nos transformássemos em algo parecido com José Sarney. Espero que a reforma ortográfica de 2008 tenha um resultado semelhante. Em Carinhanha e em Bafatá.

(Diogo Mainardi)

Quem é essa garota?


Essa é Hayley Williams, cantora conhecida por seu trabalho como vocalista da banda Paramore.
Hayley cresceu em Meridian, em Mississippi, ouvindo as músicas que seus pais costumavam ouvir. Quando completou 13 anos, ela e seus pais se mudaram para Franklin, Tennessee. Durante esse período, ela entrou em uma banda de punk rock, chamada "The Factory", onde conheceu Jeremy Davis (baixista do Paramore). Depois de um tempo, Hayley conheceu Zac e Josh, que tinham uma banda. Hayley disse a eles que sabia cantar e eles a convidaram para fazer parte da banda. A primeira canção que escreveram juntos foi Conspiracy. Com o Paramore ela já lançou os discos All We Know Is Falling (2005) e Riot! (2007).

O visual de Hayley é um show à parte, muito próprio e rebelde, ela gosta de cores garridas, de All Star e não dispensa as Skinny Jeans, e as dela por vezes são coloridas.
O cabelo da Hayley, é a marca dela. Tem o cabelo, pintado de tons que vão do laranja ao vermelho intenso e utiliza-o sempre liso. Quanto à maquiagem ela gosta gosta de brincar com as sombras, ela usa tons claros, nos lábios costuma utilizar um gloss transparente, acho que o único ponto discreto de sua personalidade tão marcante.

Marcel Duchamp


"A origem é o nu em si mesmo. Fazer um nu diferente do clássico, deitado, em pé, e colocá-lo em movimento. Havia alí alguma coisa de engraçado, que não era tão engraçado quando eu fiz. O movimento apareceu como um argumento para que eu me decidisse a fazê-lo. Eu queria criar uma imagem estática do movimento: o movimento é uma abstração, uma dedução articulada no interior da pintura, sem que se saiba se uma personagem real desce ou não uma escada igualmente real. No fundo, minha arte é o movimento do olho do espectador que o incorpora em mim.”

(Marcel Duchamp)



sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Marilyn Monroe. É por causa dela que os homens preferem as loiras.




Curiosidades:
- É considerada a mais celebrada atriz da história do cinema.- Morou dos 9 aos 11 anos em um orfanato.- É descendente, por parte de mãe, do ex-presidente norte-americano James Monroe.- Começou a utilizar o nome artístico Marilyn Monroe em 1946, mas apenas legalizou a mudança dez anos depois, em 1956.- Foi casada 3 vezes: com James Dougherty (1942 a 1945), com o jogador de baseball Joe DiMaggio (janeiro de 1954 a outubro de 1954) e o dramaturgo Arthur Miller (1956 a 1961).- Após atingir a fama, incluiu em todos os seus contratos que não era obrigada a trabalhar enquanto estivesse em seu ciclo menstrual.- Foi escolhida, em 1999, a Mulher Mais Sexy do Século, pela People Magazine.- Ainda hoje o licenciamento da imagem e do nome de Marilyn Monroe rende US$ 2 milhões por ano.- Possui uma estrela na Calçada da Fama, localizada em 6778 Hollywood Boulevard.

Prêmios:
- Recebeu 2 indicações ao Globo de Ouro de Melhor Atriz - Comédia/Musical, por "Quanto Mais Quente Melhor" (1959) e "Nunca fui Santa" (1956). Venceu por "Quanto Mais Quente Melhor".- Recebeu 2 indicações ao BAFTA de Melhor Atriz Estrangeira, por "O Pecado Mora ao Lado" (1955) e "O Príncipe Encantado" (1957).

Filmografia:
1961 - Os desajustados (The misfits)1960 - Adorável pecadora (Let's make love) 1959 - Quanto mais quente melhor (Some like it hot) 1957 - O príncipe encantado (The prince and the showgirl) 1956 - Nunca fui santa (Bus Stop) 1955 - O pecado mora ao lado (The seven year itch) 1954 - O mundo da fantasia (There's no business like show business) 1954 - O rio das almas perdidas (River of no return) 1953 - Torrente de paixão (Niagara) 1953 - Os homens preferem as loiras (Gentlemen prefer blondies)1953 - Como agarrar um milionário (How to marry a millionaire) 1952 - Só a mulher peca (Clash by night)1952 - Almas desesperadas (Don't bother to knock)1952 - O inventor da mocidade (Monkey business)1952 - Páginas da vida (O. Henry's full house)1952 - Travessuras de casadas (We're not married) 1951 - Sempre jovem (As young as you feel)1951 - Em cada lar, um romance (Hometown story)1951 - Joguei minha mulher (Let's make it legal)1951 - O segredo das viúvas (Love nest) 1950 - A malvada (All about Eve)1950 - Segredo das jóias (The asphalt jungle)1950 - O faísca (The fireball)1950 - Por um amor (Right cross)1950 - O que pode um beijo (A ticket to Tomahawk)1949 - Loucos de amor (Love happy)1948 - Mentiras salvadoras (Ladies of the chorus) 1948 - Torrentes de ódio (Scudda Hoo! Scudda Hay) 1947 - Idade perigosa (Dangerous years).

Fonte: Livro " Marilyn Monroe, o mito" de Bert Stern.

O "babaca" do ano


Bem dado o indiciamento por lesão corporal ao ator Dado Dolabella, acusado por ter agredido a ex-noiva e atriz Luana Piovani e uma camareira. Enquadrado na Lei Maria da Penha, poderá pegar até 3 anos de prisão por bater em mulher.
É um tremendo débil mental, um otário esse rapaz mesmo, batendo em mulher eu hein? Ele com certeza é já é disparado: o babaca do ano!!!

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Tudo em nome do prazer

Eu serei seu mestre essa noite
Faça tudo que seu mestre mandar
E serás minha única amada, minha querida
Desligue a luz
Se desligue

Eu serei a luz que te guiará pelas trevas
Te guiarei ao mais secreto, ao mais devasso, ao mais profano
Mudarei sua vida
Mudarei o ritmo do seu coração
Te enfeitiçarei

Desista
Faça o que eu digo
Tem que fazer do meu jeito
Vou te ensinar como fazer amor
Onde colocar as mãos, a boca

Cordas, chicote, algemas, velas
Tudo em nome do prazer
Confie em mim, me conte todas as suas fantasias
Implore-me um beijo
Enchi teu ouvido com um pouco de saliva e carinho

Mas o que sinto por ti é muito mais além
Te possuirei
Posso ser seu, mas me prove com os seus sinônimos de amor
Me prove de todas as formas possíveis e impossíveis
Entregue totalmente a mim. E serei só seu.

(Codinome Pensador)

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Era apenas um sonho

Olho as estrelas da janela do meu quarto
Me reviro sob os lençóis
Relembro coisas erradas que fiz tentando acertar
E aqui vou eu
Pra estrelas só com a força do meu pensamento
Não há lugar onde eu não possa ir
Sou imortal, me sinto imortal
Sou uma criança crescida, um soldado à procura da paz, um herói espacial
Perdi meu coração em algum lugar desse planeta, mas mesmo assim sigo em frente
Afinal os homens que foram à lua são parecidos comigo
Eles tinham um sonho, eles tinham a razão
Olho as estrelas no céu
E pergunto: onde foi que eu errei?
Todos nesse mundo querem ser a estrela mais brilhante
Debaixo das luzes da merecida fama
Vi a lua sorrindo pra mim
Lua bailarina, dance comigo à luz do luar
Sou um anjo sem rosto, sou a sua cama, sou Nosferatu
Tomarei sua alma esta noite
E voltarei a ter um coração, voltarei a ser eu
Vi o final do mundo antes mesmo dele começar
Vi alienígenas invadindo a Terra
Fui abduzido, transcendi
Acordei, era apenas um sonho.

(Codinome Pensador)

Imagine

Imagine there's no heaven
It's easy if you try
No hell below us
Above us only sky.

Imagine all the people
Living for today.

Imagine there's no countries
It isn't hard to do
Nothing to kill or die for
And no religion too.

Imagine all the people
Living life in peace
You may say,
I'm a dreamer
But I'm not the only one
I hope some day
You'll join us
And the world will be as one.

Imagine no possessions
I wonder if you can
No need for greed or hunger
A brotherhood of man.

Imagine all the people
Sharing all the world.

You may say,
I'm a dreamer
But I'm not the only one
I hope some day
You'll join us
And the world will be as one.

(John Lennon)

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Tô ouvindo: CD Viva La Vida do Coldplay


Não há dúvidas em relação ao salto artístico que Viva La Vida representa para os quatro amigos coletivamente conhecidos como Coldplay, o título surgiu das emoções extremas que impulsionam a banda. O álbum é caracterizado por perda e incerteza, viagem e tempo, felicidade e arrependimento. "Não sei se é a síndrome da bipolaridade, mas certamente temos algo em nossa cabeça que é ao mesmo tempo pra cima e pra baixo", diz Martin. "Infelizmente é incontrolável. Escrevi essas músicas em ambos os estados, elas são pra cima e pra baixo e fora de ordem. Não havia planos para as letras, elas simplesmente acabaram surgindo. Há sempre amor, alegria e empolgação em nossa música."


Faixas:
1. Life in Technicolor
2. Cemeteries of London
3. Lost!
4. "42"
5. Lovers in Japan / Reign of Love
6. Yes
7. Viva la Vida
8. Violet Hill
9. Strawberry Swing

Eu vi. Filme:Não Estou Lá


Sinopse: Bob Dylan (Christian Bale / Cate Blanchett / Heath Ledger / Marcus Carl Franklin / Richard Gere / Ben Whishaw), ícone musical, poeta e porta-voz de uma geração. Sempre viveu em constante mutação ao longo da vida, especialmente durante os anos 60. Musicalmente, fisicamente, psicologicamente, as alterações do seu personagem público dialogaram com acontecimentos sociais e ocasionaram múltiplas repercussões culturais. De jovem menestrel a profeta folk, de poeta moderno a roqueiro, de ícone da contracultura a cristão renascido, de caubói solitário a popstar. Ficha Técnica: Direção: Todd Haynes. Gênero: Drama. Ano de Lançamento (EUA / Alemanha): 2007. Elenco:ElencoChristian Bale (Bob Dylan / John / Jack)Cate Blanchett (Bob Dylan / Jude)Marcus Carl Franklin (Bob Dylan / Woody)Richard Gere (Bob Dylan / Billy)Ben Whishaw (Bob Dylan / Arthur) Heath Ledger (Bob Dylan).
Premiações - Recebeu uma indicação ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante (Cate Blanchett).- Ganhou o Globo de Ouro de Melhor Atriz Coadjuvante (Cate Blanchett). - Recebeu uma indicação ao BAFTA de Melhor Atriz Coadjuvante (Cate Blanchett).

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Oh Machado de Assis!


Supremo literário
Negro, mulato de cor
Menino fluminense
Romancista, contista, poeta
Brás Cubas, Quincas Borba, Dom Casmurro
Seus filhos ilustres
Crônicas brilhantes, poemas curiosos, prosa elegante
Ai de ti. Iaiá Garcia
Ser um alienista? Ser um homem célebre? Ser Esaú e Jacó?
Que incerteza machadiana!
Oh vendaval maravilhoso de cultura!
Oh nostalgia da imortalidade!
Oh sensibilidade!
Oh relíquias de casa velha!
Oh gênio da literatura!
Oh Joaquim Maria!
Oh Machado de Assis!
(Codinome Pensador)

Aos que não nos enxergam

Oi, estou aqui na sua frente, mas você insiste em não me ver. Tudo bem, opção sua, cada um enxerga o que quer. O problema é quando você, sem ter idéia de como sou, resolve dar a sua visão sobre mim.
Talvez você não enxergue também, antes de mais nada e assim me tire por parecida contigo. Errando completamente. Para começar, eu faço questão de ver pessoas ao meu redor e isso faz toda a diferença do mundo. Percebo que todos tem algo de especial, estando aí de graça. Percebo que belezas que são não as minhas, estando aí o prazer.
Percebo inclusive você, parado bem na minha frente, desviando seu olhar para lá e para cá, nervoso com a minha presença, estando aí o ridículo.
Veja bem, não há o que temerem mim. Não quero nada que seja seu. E não sou nada que você também não seja, pelo menos um pouquinho.
Você não precisa gostar de mim para me enxergar, mas precisa me enxergar para não gostar de mim. Ou gostar e talvez seja exatamente isso que você tema. Embora isso não faça sentido, já que a vida é bela, justamente, quando estamos diante daquilo que gostamos, certo?
Não vou dizer que não me irrita essa sua cegueira específica com relação a mim, pois faço de tudo para ser entendida. Por todos. Sempre esforço-me ao máximo para que isso ocorra, aliás; então a sua total ignorância ao meu respeito, após todo esse tempo, nós dois tão perto, mexe, sim, levemente, com a minha paciência.
Se for essa a sua intenção, porém, mexer com a minha paciência, aviso que anda perdendo sua energia em besteira, pois um mosquito zumbindo em meu ouvido tem um efeito semelhante. E se me dou ao trabalho de escrever esta carta para você, é porque sei que você também não será capaz de enxergar o que há nela.
Explicando melhor: preferiria que você me esquecesse, mas até para poder esquecer você vai ter que me enxergar. Enquanto não me olhar de frente, ao menos uma vez, ao menos por um segundo, vai continuar assim, para sempre, fugindo sistematicamente da minha imagem, um escravo de mim, em fuga constante, portanto.
Pode abrir os olhos, vai ver que não sou um bicho-de-sete-cabeças. Sou diferente de você, como disse, mas isso é ótimo. Sou melhor que você em algumas coisas, pior que você em outras, acontece. No que eu for pior, pode virar para outro lado, no que eu for melhor, cogite me admirar.
“Olhos nos olhos, quero ver o que você faz...”. Sempre quis cantar isso para alguém. “ Olhos nos olhos, quero ver o que você diz...”. Pronto , um sonho realizado. Já estou lucrando com a nossa relação, só falta você. Basta ver o que eu posso lhe mostrar e enxergar o que eu posso ser para você.

(Fernanda Young)

Ele é o cara


Javier Bardem é o latino da vez em Hollywood. Chegou já vencedor ao Kodak Theatre, em Los Angeles, no dia 24 de fevereiro. Ele foi o primeiro espanhol a ser indicado ao Oscar de melhor ator, o que aconteceu em 2001 pelo filme "Antes do Anoitecer". Naquele ano, perdeu o prêmio pra Russel Crowe, de Gladiador. Desta vez, o ator de 39 anos, levou o homemzinho dourado e se consagrou como o primeiro de seu país a ganhar tal prêmio.

Na categoria a que estava indicado, a de coadjuvante, não tinha para mais ninguém. Sua interpretação para o assassino Anton Chigurg, no filme "Onde os fracos não tem vez" foi tão marcante que o fez até enfrentar uma depressão. “Não sou o tipo de ator que, quando o diretor grita: Corra!, vou embora para casa como se nada tivesse acontecido. Atuar é um processo emocional para mim”, diz Javier.
Em seu emocionado discurso de agradecimento, Bardem fez piada em inglês sobre o pior corte de cabelo de sua vida, o que seu personagem usa no filme. Mas , quando quis falar de coisas do coração, apelou pra o espanhol e agradeceu à mãe, a atriz Pilar Bardem, que o acompanhava na noite, aos tios e avós, todos artistas.
Com 1,83 de altura, contornado por uma boa quantidade de carne e músculos bem distribuídos no corpo de ex-atleta, o ator é o caçula de uma família de artistas. Além de sua mãe, Pilar, que faz sucesso na Tv espanhola, dois irmãos, Carlos e Mônica, também são atores. Seu pai é diretor de cinema.

Mas apesar de ter feito sua estréia aos 6 anos na minissérie espanhola El Pícaro, o jovem alimentava outro sonho quando era menino queria ser jogador profissional de rúgbi. Ele era bom, tanto que chegou a ser parte da seleção do seu país, mas desistiu ao ver seu rosto cada vez mais marcado pela violência em campo. “ Quebrei meu nariz não sei quantas vezes, por isso, tenho o rosto todo torto.” Diz o ator espanhol.
O ator ficou famoso na Espanha logo no seu primeiro filme adulto, no qual contracenou com sua mãe, no filme "As idades de Lulu", de 1990, do diretor Bigas Luna. O cineasta chamou Bardem pra outros quatro filmes nos anos seguintes.

Os planos para este ano já eram animadores antes do Oscar, agora, tudo pode acontecer. De concreto, Bardem viverá o traficante colombiano mais famoso do anos 90, Pablo Escobar, em "Killing Pablo", dirigido por Joe Carnahan. Depois vai filmar "Tetro", com Francis Ford Coppola, que se volta outra vez a uma saga envolvendo uma família italiana. E na sequência, partirá para "Nine", refilmagem musical de Oito e meio, clássico do cinema italiano de 1963, dirigido e escrito por Federico Fellini, que será comandado por Rob Marchall, do filme Chicago.

Fonte: Revista SET